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Como complementares na escovação temos as pastas dentais. Podemos citar as seguintes pastas dentais:

a) ANTICÁRIE (tem flúor em sua composição e em longo prazo previne contra as cáries);

b) ANTITÁRTARO com pirofosfato (substância que impede a formação de tártaro, mas não remove o tártaro que já existe);

c) ANTIPLACA com triclosan (um antimicrobiano, e é indicada especialmente para pessoas com gengivite). No caso dos idosos, o uso da pasta dental anticárie é muito importante, mas deve-se sempre seguir a orientação do dentista para saber qual é recomendada.

 

Como complementares na escovação temos também os enxaguatórios bucais. Eles são substâncias químicas que atuam nas bactérias presentes na cavidade bucal, sendo utilizados para controle e na redução da formação da placa bacteriana. Os idosos só devem utilizá-los de acordo com a prescrição feita pelo dentista, e que deve orientar quanto à forma e tempo de uso no seu caso em particular.

Para a grande maioria dos idosos dentados os bochechos à base de flúor são os mais indicados, e cada empresa possui um tipo de produto com uma determinada concentração (na maioria com mais de 200 PPM de flúor).

Os idosos dentados devem, após uma higienização correta dos dentes, utilizá-los uma vez por dia, antes de dormir. E desta forma, já será o suficiente para proteger as raízes expostas dos dentes.

Os enxaguatórios realizam uma função importante para idosos com problemas motores, no caso daqueles com Mal de Parkinson e doença de Alzheimer, e então não conseguem fazer uma escovação adequada, sendo aí usados aqueles à base de Gluconato de Clorhexidina após cada limpeza dos dentes. Nos ambientes hospitalares (UTIs), é imprescindível que um parente (ou cuidador) leve para a enfermagem este tipo de medicamento, pois normalmente não estão disponíveis nestas entidades.

Vale lembrar que o uso contínuo dos enxaguatórios é contra-indicado para idosos que não sejam capazes de utilizar o medicamento sem acompanhamente (cuidador), pois existe o perigo de deglutição.

Mas é importante enfatizar que o uso dos enxaguatórios bucais deve ser racional, ou seja, indicado somente nos casos recomendados pelo dentista.

 


Marco Tulio Pettinato Pereira é Cirurgião-dentista com especialização em Saúde de família (UCAM), Saúde Coletiva (SL Mandic) e Saúde Pública (UNAERP). Fernando Luiz Brunetti Montenegro é Mestre e Doutor FOUSP, Prof. Adjunto na UnG, Coordenador Saúde Bucal CEDPES e Casa Ondina Lobo.

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