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A fonoaudióloga explica que a deglutição se encontra comprometida em cerca de 50% dos pacientes, possivelmente devido à rigidez muscular, lentidão e falta de coordenação dos movimentos presentes na enfermidade, ocorrendo um enfraquecimento da musculatura da boca (língua, lábios, bochechas, céu da boca e garganta). Com esse prejuízo nesses órgãos, os alimentos não são bem mastigados, o que pode causar engasgos, tosses e/ou pigarros mais frequentes durante a alimentação. Além disso, os pacientes podem notar dificuldades para engolir líquidos, principalmente água, ou o doente pode se engasgar com os comprimidos, que antes eram deglutidos de maneira automática e sem desconforto.
O mesmo ocorre na deglutição de saliva, que, acumulada na boca, geralmente nos cantos, pode escapar desagradavelmente (a conhecida e popular baba) ou até atrapalhar a emissão correta dos sons, comprometendo a inteligibilidade. Quando acumulada na "garganta" e não engolida, aumenta a possibilidade de ENGASGOS e dá a sensação aflitiva de uma voz molhada, o que também dificulta na compreensão total da fala.
Os comprometimentos da deglutição levam a aspirações (quando o alimento deglutido não é conduzido pelo esôfago até o estômago, mas penetra nas vias aéreas por meio da laringe, podendo chegar até os pulmões, causando pneumonia por aspiração do alimento).
"Desta forma, ao identificar algumas dessas alterações em sua deglutição, procure um fonoaudiólogo, pois o quanto antes você puder ser tratado, melhores e mais duradouros são os resultados obtidos", diz ela.
Seguem 20 dicas com as quais o cuidador e/ou familiar pode ajudar o paciente a evitar os ENGASGOS. "Entretanto, estas dicas não correspondem a um tratamento e absolutamente não excluem a necessidade de orientação e terapia fonoaudiológica", finaliza Giovana.