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Os resultados sugerem que um idoso que estimula bastante o cérebro, mesmo que já apresente lesões cerebrais silenciosas associadas a doenças que levam à demência, conseguirá manter seu desempenho cerebral normal por mais tempo que aquele com pouca estimulação. Neste caso, o estado de equilíbrio cerebral tem o seu limite. Quando um cérebro bem estimulado começar a apresentar sintomas de uma síndrome demencial, o contingente de alterações cerebrais já é maior do que nos cérebros pouco estimulados, e por isso a evolução da doença tenderá a ser mais rápida. Isso nos faz pensar na estimulação cerebral como uma estratégia que não evita o aparecimento de uma síndrome demencial como a doença de Alzheimer, mas propicia uma forma de se viver mais tempo com o cérebro funcionando bem, sem sintomas da doença. 

 

 

Dr. Ricardo Teixeira - CRM/DF 12050 - é doutor em neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp. Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília e é o autor do Blog "ConsCiência no Dia a Dia" - http://consciencianodiaadia.com/

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