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Pessoas idosas também podem começar a beber ou aumentar o consumo de álcool e/ou medicamentos para induzir o sono, reduzir a sensação de dor física e aliviar a ansiedade, transformando esse uso em vício.

É importante notar que idosos costumam fazer uso de diferentes tipos de medicações prescritas. Efeitos colaterais de muitas dessas medicações podem ser intensificados devido ao consumo concomitante de álcool. Os transtornos depressivos, comuns entre os idosos, tendem a se intensificar com o uso indevido de álcool.

Como a nossa população vem envelhecendo, nós seguramente encararemos um crescente número de pessoas mais maduras procurando sensações físicas e psíquicas através do uso de drogas. Para algumas delas, essa busca é uma forma de lidar com uma série de perdas do passado; para outras, é uma maneira de lidar com dores e sofrimentos físicos e psíquicos relacionados com a idade. Além disso, para outras pessoas ainda, é uma continuação de um padrão de consumo inadequado de substâncias que se iniciou em tempos idos e que permanece na atualidade.

Para se fazer um tratamento visando o controle do tabagismo, do álcool e de demais vícios na terceira idade, é necessário conhecer os motivos pelos quais os idosos mantêm esses hábitos prejudiciais, a influência do ambiente familiar e socioeconômico-cultural sobre eles, os aspectos da dependência, e procurar de maneira criteriosa uma melhor maneira de tratar esse idoso, valorizando a psicoterapia como um eixo importante na condução do tratamento.

 

 

Claudia Finamore é psicóloga e psicanalista, com especialização em psicogeriatria pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ). Participa dos atendimentos do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP). Atendimento clínico com pessoas portadoras de deficiência mental e demência, cuidadores de pessoas que necessitam de cuidados especiais, crianças que apresentam dificuldades escolares e de relacionamento, orientação aos pais, adolescentes, adultos e idosos que tenham o desejo de cuidar do seu sofrimento emocional. Tel.: (11) 5052-0370 CRP 06/84751

 

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