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Segundo a ginecologista, não há problema algum em interromper a menstruação. "O melhor método para não menstruar são os anticoncepcionais orais, que, nesse caso, devem ser tomados continuamente, sem pausa. Outro método bastante usado é o DIU (dispositivo intrauterino) hormonal", diz ela. Nesse caso, a mulher fica sem menstruar por cinco anos, mas ela pode retirá-lo a qualquer momento e voltar a menstruar.

A ginecologista explica que os comprimidos injetáveis trimestrais e alguns mensais podem ser usados para este fim, mas a paciente pode ter mais sangramento irregular (sangramento de escape) ao longo do uso do que com o DIU hormonal e a pílula contínua. Outra opção é o adesivo, que é colocado no braço, e ele pode ser usado sem a semana de pausa. Ele pode ser colocado em qualquer parte do corpo, menos nas mamas. "Cada adesivo deve ser usado por uma semana e na caixa vêm três adesivos, uma semana a mulher deve ficar sem usá-lo", explica a ginecologista.

O anel vaginal é outra opção para quem não quer menstruar. Ele é colocado pela própria paciente, que deve ficar três semanas com ele, e fazer uma pausa de uma semana.

Laura explica que não há contraindicação dos métodos, mas que eles precisam ser prescritos pelo seu ginecologista. Quando os sangramentos de escape ficarem muito constantes, é recomendável uma pausa no uso. "Esta pausa deve ser feita pelo desconforto do sangramento de escape e, principalmente, porque o objetivo é não sangrar, mas isso não significa que a mulher esteja com algum problema", diz ela.

Quanto ao retorno da fertilidade, Laura explica que ele acontece cerca de um a seis meses após a suspensão do método. "Além disso, a mulher deve procurar o seu obstetra para fazer exames de rotina, pré-concepcionais e para tomar algumas vitaminas prescritas apenas pelo médico. Após os exames, ela será orientada a suspender o método", diz ela.

E uma dúvida comum das mulheres é se faz mal interromper a menstruação. Laura responde que não. Segundo ela, a menstruação só acontece por mudanças hormonais que levam ao crescimento e à descamação do endométrio. "Caso se use um método hormonal continuamente, mantêm-se os níveis hormonais constantes, fazendo com que não exista estímulo para crescimento e posterior descamação do endométrio", diz ela.

 

Laura Arrais Sydrião de Alencar Costa é médicagraduada pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Residência  médica em ginecologia e obstetrícia pela Maternidade Escola Assis Chateaubriand - MEAC - UFC. Professora do departamento de saúde materno infantil - UFC. Mestranda em saúde pública - Universidade Federal do Ceará - UFC

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