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Os procedimentos são simples como os de implante de silicone ou exigem outros tipos de cuidados, além da escolha de clínicas adequadas?

As cirurgias íntimas geralmente são simples e de rápida execução, mas exigem cuidados pós-operatórios específicos. A paciente deve abster-se de atividades físicas e de relações sexuais por um período de três semanas a um mês. Este tipo de cirurgia deve ser realizado em locais com instalações apropriadas por profissionais devidamente qualificados.

 

Pode haver perda de sensibilidade na região após a cirurgia?

As complicações deste tipo de cirurgia são raras. A perda de sensibilidade não deve ocorrer, pois a intervenção ocorre longe dos nervos sensitivos desta região. Pode, sim, ocorrer uma alteração de sensibilidade transitória pelo edema e pela própria correção anatômica realizada. O importante é ressaltar que regiões mais sensíveis como o clítoris não são tocadas na cirurgia.

Alguns ginecologistas têm mostrado preocupação com o grande aumento do número de cirurgias dessa natureza. Existe razão para essa preocupação?

A preocupação sempre existe, pois, com o aumento do interesse, aumenta o número de profissionais não capacitados realizando estas cirurgias. A consequência disto é o aumento do número de complicações. As cirurgias íntimas, quando bem indicadas e bem realizadas, não devem ser motivo de preocupação nem para os pacientes nem para os médicos envolvidos no procedimento.

 

Como é feita a cirurgia e como é o seu pós-operatório?

A cirurgia de redução dos pequenos lábios pode ser realizada sob anestesia local. O excesso de tecido é removido e as suturas são realizadas com fios absorvíveis. Todo o procedimento não dura mais do que uma hora. No pós-operatório, esperamos um pouco de edema (inchaço) e um aumento da sensibilidade por uma ou duas semanas. Esta é uma cirurgia com alto índice de satisfação das pacientes, se bem indicada.

 

 

Dr. Luiz Carlos Ishida é cirurgião plástico, mestre e doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Também é titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e coordenador do Grupo de Rinoplastias da Disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP.

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