Índice deste artigo:

Quais são as principais causas dessa síndrome?

Não existe uma causa específica. Existe, sim, uma história familiar forte para enxaqueca e, muitas vezes, de quadros de vômitos semelhantes nos pais quando crianças ou nos irmãos. Outra observação é a presença de cinetose (vômitos relacionados com o andar de carro, ônibus, barco, etc.) nesses mesmos membros da família ou no próprio paciente.

 

Os vômitos são geralmente acompanhados de outros sintomas?

A criança pode apresentar náuseas e dor abdominal junto com os vômitos. Algumas mães relatam que "seus filhos ficam mais parados e pálidos" nas horas que antecedem as crises.

 

Como é feito o diagnóstico e o tratamento desta síndrome?

O diagnóstico é baseado no quadro clínico, história familiar, exclusão de outras causas para os vômitos e resposta ao tratamento. Somente um médico com conhecimento da doença e com alto grau de suspeita irá conduzir o interrogatório de forma a levantar a suspeita da síndrome. A investigação laboratorial e o tratamento deverão ser individualizados, pois dependem das características dos vômitos, da intensidade e da frequência das crises.

Quando as crises são muito esporádicas, tentam-se medicações antieméticas para abortar a crise. Porém, as medicações geralmente apresentam poucos efeitos neste tipo de patologia. Quando as crises são mais frequentes, tentam-se medicações preventivas na tentativa de evitar as crises. Nesse caso, as medicações são as mesmas utilizadas na prevenção da enxaqueca, como ciproeptadina, propranolol e amitriptilina.

 

 

Dr. Ivo Roberto Prolla é formado pelo Curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Rio Grande do Sul. Residência médica em Pediatria e Gastroenterologia Pediátrica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre - UFRGS. Título de Especialista em Gastroenterologia Pediátrica e em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral. Possui Mestrado em Bioquímica Toxicológica e Doutorado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, ambos pela UFSM. Possui, também, "Research Fellowship in Nutrition", realizado no "The Hospital for Sick Children", University of Toronto, Canadá. Atualmente, trabalha como professor assistente do Departamento de Pediatria e médico do Hospital Universitário da UFSM. É filiado ao Conselho Regional de Medicina do RS - CREMERS N° 17.188.

Publicidade