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E qual o grande risco da diarreia? O pediatra explica que as crianças possuem um alto teor de água no organismo, com um metabolismo hídrico muito mais complexo, sofrendo mais o efeito da perda de líquidos através da diarreia e dos vômitos. Os níveis médios de água no organismo das crianças são:

0 a 2 anos - 75 a 80%

2 a 5 anos - 70 a 75%

5 a 10 anos - 65 a 70%

10 a 15 anos - 63 a 65%

15 a 20 anos - 60 a 63%

Como o risco de desidratação é proporcional ao conteúdo de água do organismo, defere-se daí que, quanto menor a idade da criança, maior o risco de desidratação e, portanto, de morte.

A diarreia aguda pode ser infecciosa, por toxinas ou de causa alérgica, além de intolerância (incapacidade de digerir) alimentar.

As infecciosas podem ser causadas por vírus e algumas bactérias, lembrando que alguns vermes podem também provocar quadros diarreicos. As toxinas mais comuns são as produzidas em alimentos deteriorados, provocando as indesejáveis intoxicações alimentares. A diarreia aguda pode causar à mucosa intestinal um dano muito forte, levando à incapacidade de digerir os alimentos, que, por não serem absorvidos, vão levar essa criança a um quadro de desnutrição, com formação de um círculo vicioso: diarreia provoca desnutrição, desnutrição diminui a capacidade digestiva, que aumenta a diarreia, e assim por diante, até a morte.

No entanto, cabe realçar que a causa real é a falta de condições dessas crianças: sem acesso aos alimentos essenciais, sem água potável, sem saneamento de esgotos, sem imunizações mínimas e sem qualquer apoio médico.

Pode-se qualificar a diarreia também por seu grau, havendo as de 1°, 2° e 3° grau, sendo esta última a mais grave, com necessidade sempre de hidratação venosa.

Os sintomas mais comuns associados à diarreia são: febre, náuseas e vômitos. Algumas diarreias de origem viral podem apresentar concomitantemente quadro de coriza, obstrução nasal e tosse.

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