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Além de influenciar no aprendizado da leitura e escrita, a Dislexia de Desenvolvimento também traz prejuízo às relações sociais?
O impacto está na dependência da época de realização do diagnóstico. Quanto mais precoce é o estabelecimento do diagnóstico, melhor é, pois a escola pode realizar acomodações necessárias ao progresso no desempenho acadêmico do disléxico, evitando sofrimentos desnecessários. A atitude dos pais, profissionais e escola frente à constatação da dislexia também é fundamental, mas mesmo com diagnóstico precoce verificam-se sentimentos de menos-valia, depressão e rebeldia que podem afetar as relações sociais do indivíduo disléxico.
Como é feito o diagnóstico desta dislexia? Ela pode ser plenamente superada?
Somente após dois anos de escolaridade é possível começar um processo de diagnóstico de dislexia. A partir daí, três profissionais são indispensáveis na realização do diagnóstico: o psicopedagogo ou fonoaudiólogo especializado em dislexia; o psicólogo, com a avaliação intelectual e emocional; e o neurologista, que ajuda a descartar outras causas neurológicas que possam estar afetando o desempenho escolar.
O prognóstico da dislexia é reservado, ou seja, no momento não há cura, mas os efeitos negativos podem ser minorados com o estabelecimento de uma rede de ajuda: profissional, pais e escola. Apesar da dislexia, o indivíduo pode e deve progredir na vida acadêmica, mostrando suas aprendizagens de forma predominantemente oral.
Quais costumam ser as abordagens no tratamento da Dislexia de Desenvolvimento?
Quando descoberto o diagnóstico no início da vida escolar, um intenso trabalho deve ser feito nas habilidades de consciência fonológica e conversor fonema-grafema e, posteriormente, na apresentação da norma ortográfica e na leitura com ajudas.
Concomitantemente ou na sequência, esses sujeitos necessitam de acompanhamento constante com acompanhantes pedagógicos terapêuticos, auxiliando domiciliarmente nas tarefas escolares. Esse acompanhamento pode ser feito até e além da entrada no curso superior.
Em função dos efeitos na área emocional, muitas vezes, o tratamento psicológico é requerido. Considerando que a maior comorbidade da dislexia é o Transtorno de Déficit de Atenção, um tratamento medicamentoso também pode ser necessário.