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Porém, sintomas como dor de cabeça, insônia e falta de apetite são facilmente confundidos com distúrbios físicos. Poucos pais se dão conta de que o filho pode estar sofrendo de um mal ainda pouco relacionado à infância: a depressão.
Muitos adultos, devido à falta de informação, acreditam que a criança não tem motivo para ficar deprimida, já que não tem responsabilidades e obrigações. Porém, essa crença é infundada.
Na criança é comum que a depressão seja desencadeada por um fato da vida, como uma separação, perda, luto ou nascimento de um irmão, por exemplo.
Além disso, o fator genético também é importante na determinação da depressão infantil. "A mãe com depressão pós-parto geralmente deprime também o bebê. Nestes casos, não é apenas o fator hereditário que está em jogo. A depressão do bebê decorre também de sua relação com o ambiente familiar e, principalmente, com a mãe. Nesse sentido, se a mãe está deprimida, o vínculo entre ela e o bebê é deficitário, o que pode desencadear o quadro", explica a psicóloga Érika Vendramini.
A depressão infantil manifesta-se, nos bebês, com choro frequente, perda de peso, atraso no desenvolvimento, insônia e inexpressividade.
Já nas crianças, os sintomas, além dos citados anteriormente, aparecem na mudança de comportamento, como queda do rendimento escolar, isolamento, desinteresse por atividades das quais a criança gostava, falta de vontade de brincar e diminuição da atenção. Muitas vezes os sintomas também podem ser atípicos, ou seja, ao invés de apatia, a criança demonstra irritabilidade, agressividade, hiperatividade e rebeldia.
A partir do momento em que esses sintomas prolongam-se e comprometem as atividades normais, como estudar e brincar, a criança precisa de ajuda.
A depressão não apenas pode deixar marcas, que serão levadas até a vida adulta, como desencadeia sentimentos tão autodepreciativos que podem levar a criança ao suicídio.
Neste sentido, um diagnóstico correto e o tratamento são extremamente importantes.