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A escolha da atividade extra deve respeitar as habilidades e o interesse que a criança tem. Tudo que é imposto exige uma energia maior e o resultado final pode ser frustrante, gerando um autoconceito de incapacidade de realização de algo. "Antes de escolher a atividade extra, observe seu filho, converse sobre a atividade, coloque-o em contato com pessoas que já fazem tal atividade", aconselha a pedagoga.

E se a mãe quer matricular um filho em um esporte e ele não quer, o que fazer? A pedagoga aconselha: "Pergunta-se: é necessário que ele pratique tal esporte? Na escola ele já não pratica atividades físicas suficientes? Ele tem habilidade ou se destaca em algum esporte? Não adianta impor nada à criança. Converse, mostre que é importante para manter a saúde", explica ela.

Outro ponto fundamental é não sobrecarregar a criança, para que ela não se sinta desmotivada. "Sei que os pais só querem o melhor para seus filhos. Só que alguns exageram, esquecem que podem provocar uma exaustão na criança pelo acúmulo de atividades extras. Hoje temos muitas crianças que sofrem de gastrite, pressão alta, insônia, etc. devido às exigências excessivas que lhes são impostas", explica a pedagoga.

Um conselho da pedagoga é deixar que as próprias crianças manifestem o desejo por fazer alguma aula, o próprio meio a estimula para tal. "É difícil estabelecer um limite do que seria saudável, cada realidade é uma realidade e num mundo competitivo como o nosso é natural que os pais queiram capacitar seus filhos da melhor maneira possível. Entretanto, precisamos lembrar que o desenvolvimento cognitivo tem etapas, fases com características próprias que devem ser respeitadas", finaliza ela.

 

 

Maria Augusta Rossini é pedagoga. Especialista em Administração Escolar em 1º e 2º Graus; habilitação em Didática, Sociologia da Educação e Psicologia da Educação. Pós-graduada em Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Coordenadora, supervisora e diretora de escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental e Médio no Estado do Paraná de 1972 a 1997. Palestrante e organizadora de oficinas pedagógicas. Autora de projetos para cursos de pós-graduação: "Afetividade e Educação", para a Universidade de Cuiabá (UNIC), e "A Educação e a Ludicidade", para a Universidade Filadélfia de Londrina (UNIFIL). Professora de Pós-graduação em cursos de Educação Especial, Gestão Escolar, Metodologia do Ensino Superior, Psicomotricidade, Alfabetização e Letramento e Psicopedagogia, palestrante de Congressos e outros Eventos Educacionais e Diretora Pedagógica da Escola Premier de Londrina-PR.

Autora dos livros:

"Pedagogia Afetiva" (13ª ed.) - lançado pela Editora Vozes e também publicado em espanhol e distribuído para o México e a América Latina.

"Aprender tem que ser gostoso..." (7ª ed.) - Editora Vozes.

"Educar para SER" (6ª ed.) - pela mesma editora e publicado também em Madri, Espanha.

"Alfabeto Corporal" (2ª ed.) - Editora Vozes.

"Limites com Severa Doçura" - (1ª ed.) - lançado pela Editora Vozes em março de 2012.

Site: www.mariaaugustarossini.com.br

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