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Quanto ao tratamento, é importante considerar que as faringites de etiologia viral devem ser tratadas apenas sintomaticamente; quando for indicada antibioticoterapia para a faringite estreptocócica, é importante a escolha de uma adequada opção terapêutica. A primeira escolha para a doença estreptocócica são as penicilinas, já que esta bactéria permanece universalmente sensível a esses agentes. Embora a penicilina V (uso oral em 2 a 3 doses ao dia) seja a droga de escolha, a amoxicilina é igualmente efetiva, podendo ser usada em dose única diária.
A imediata administração da terapia com penicilina encurta o curso clínico, diminui a incidência de sequelas supurativas, o risco de transmissão e previne a febre reumática, mesmo quando usada até 9 dias do início da doença. O tempo de tratamento recomendado é de 10 dias. Também poderá ser usada a penicilina benzatina (intramuscular) em dose única adequada ao peso do paciente.
Para indivíduos alérgicos à penicilina, podem ser usadas as cefalosporinas (cefalexina ou cefadroxil) também por 10 dias. Os pacientes com alergia tipo I (imediata – anafilaxia) à penicilina não devem usar as cefalosporinas devido à possibilidade de reação alérgica cruzada. A azitromicina (regime de 5 dias), a clindamicina ou a claritromicina (regime de 10 dias) são opções nestes casos. O médico deve orientar sobre a importância do tratamento completo para erradicar a bactéria, mesmo que a melhora clínica ocorra em poucos dias.
Dr. Boaventura Antonio dos Santos possui graduação em Medicina e doutorado em Ciências Médicas: Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente, é membro da Sociedade de Pediatria do RS, médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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