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Qual a importância de um programa de proteção em recém-nascidos, como a Estratégia Cocoon?

A vacinação rotineira contra coqueluche para crianças inicia-se aos 2 meses de idade, são 3 doses e 2 reforços até os 5-6 anos de idade. O bebê só fica protegido após a terceira dose da vacina (com cerca de 6-7 meses de idade). Portanto, o bebê, mesmo recebendo suas vacinas em dia, não está protegido e pode ser infectado pelo adulto justamente na fase da vida em que a doença é mais grave e pode levar ao óbito. A vacina é a única forma de evitar que o adulto transmita a doença para ele. O adulto também deve se vacinar e o quanto antes, especialmente antes do bebê nascer. Assim as chances de a criança adquirir a doença são menores. 75% dos bebês com coqueluche pegam a doença através de pessoas próximas, como pais e parentes, e 25% de outros contactantes (entre eles os profissionais da saúde). Por isso é superimportante vacinar o adulto: essa é a Estratégia Cocoon – vacinar o adulto para proteger a criança.

 

Qual é a situação da coqueluche hoje no Brasil?

Os casos estão aumentando, são vários os relatos de surto no país e no mundo. No entanto, sabe-se que a falta de diagnóstico e de notificação da doença impede que conheçamos a real situação da doença no Brasil. Por isso, é muito importante que os profissionais de saúde pensem na coqueluche na hora de diagnosticar o problema do paciente.

 


Dra. Isabella Ballalai é pediatra, diretora da Vaccini – Clínica de Vacinação e coordenadora da campanha Estratégia Cocoon nas maternidades do Rio de Janeiro

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