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Quais são os riscos que a deficiência de ferro pode causar às crianças?
A deficiência de ferro pode levar à anemia, com as consequências que ela pode ocasionar: atraso no crescimento e desenvolvimento, possibilidade de atraso cognitivo e motor, podendo no futuro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), levar à formação de um capital humano não qualificado.
Estudos mostram que a deficiência de ferro com anemia, nos primeiros anos de vida, pode levar a atrasos cognitivos que persistem mesmo após o tratamento da anemia.
O que acontece se a anemia não for tratada corretamente?
A anemia poderá levar a atraso no desenvolvimento motor e cognitivo, inapetência, astenia, picafagia (hábito de ingerir produtos estranhos não usuais como gelo, esponja, areia, entre outros). Em adultos pode ocorrer a diminuição da produtividade do trabalho, e em mulheres grávidas há o aumento do risco de sangramentos, partos prematuros e bebês com baixo peso, além de aumento da mortalidade perinatal.
Como evitar que a situação chegue a este ponto?
Estima-se que existam 293 milhões de crianças menores de cinco anos com anemia no mundo. No Brasil, temos 20,9% de crianças menores de cinco anos e 29,4% das mulheres em idade fértil com anemia.
A diminuição desse quadro depende de políticas públicas de enfrentamento da anemia como um problema de saúde pública. Comumente, a anemia é colocada como um mal menor e não valorizada como um problema que possa ter consequências para a vida das pessoas. Estratégias de fortificação de alimentos usados pelos grupos mais atingidos, que são as crianças e mulheres adultas, têm levado a grandes diminuições das taxas de anemia. Experiências de fortificação da merenda escolar ou alimentos básicos (como o arroz) têm mostrado importantes avanços na prevenção e tratamento da anemia.