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Em termos de se evitar agravar a enurese noturna, podemos falar em determinadas posturas que precisam ser adotadas, além da busca de ajuda profissional:

• Observar como têm se dado as relações sociais da criança/adolescente: procurando saber se ele sofre algum tipo de discriminação na escola, se há algum sinal de angústia frente a situações em que teria a oportunidade de participar de programas com amigos que exigiriam que dormisse fora de casa, etc.

• Não puni-lo diante dos episódios de “xixi na cama”.

• Conscientizar-se de que, independentemente das causas da enurese, ela própria trará consequências psicológicas que exigirão a ajuda do psicólogo, que, por sua vez, de acordo com cada caso e com cada psicodiagnóstico obtido, tratará de seu paciente de modo singular, respeitando sua individualidade e o contexto sociocultural no qual se insere.

• Colaborar para que os médicos especialistas envolvidos no tratamento (caso haja um diagnóstico de causa orgânica) possam interagir com o psicólogo.

• Orientar os familiares em relação a não fazer da enurese de um membro motivo de punição ou zombaria.

Enfim, é preciso saber que a enurese noturna não se trata de um modo de chamar atenção, ao menos não de forma consciente. Ela deve ser levada a sério como um sintoma, que precisa ser alvo de investigações, nos sentidos acima discorridos.

 

 

Dra. Letícia Kancelkis Porta é psicóloga mestre e doutora em Psicologia Clínica. CRP: 06/58700-6

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