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Como a ausência paterna pode influenciar a vida do filho? Que lacunas se abrem por causa dessa ausência? Tanto reações boas quanto ruins.

Nós, enquanto espécie humana, somos seres completamente dependentes dos cuidados geralmente maternos, nos primeiros anos de vida. Um renomado pediatra e psicanalista – Spitz, um dos grandes estudiosos da relação mãe-bebê –, observou diversas doenças decorrentes tanto da ausência total da mãe na vida do bebê quanto de sua ausência parcial, ou mesmo quando os cuidados eram somente “eficientes”/“básicos” (troca de fraldas, alimentação, banho...), mas não afetivos. Podemos notar que o estímulo dos pais em relação ao filho é uma questão muito importante para o desenvolvimento tanto do ponto de vista físico quanto emocional e social, nunca se esquecendo de respeitar a faixa etária e o grau de desenvolvimento emocional em que a criança se encontra para que ela possa desenvolver do melhor modo possível suas habilidades naturais. Entretanto, há casos em que chamamos de “resilientes”, ou seja, aqueles indivíduos que – apesar de terem sido muitas vezes até maltratados ou mesmo abusados na infância – conseguem se desenvolver e dar andamento adequado aos diferentes setores da vida. Nesse caso, a “ausência” significaria mais “a presença” de alguém que realmente atrapalha ou atrapalhou a saúde da criança como um todo. Mas, pelo fato de a criança ter – constitucionalmente – uma condição mental/emocional que a faz lutar pela vida, consegue seguir adiante, apesar do que sofreu na infância e/ou adolescência, e dar um bom andamento às dificuldades da vida.

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