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O que a presença da placa e do tártaro pode causar à saúde bucal de um paciente?

Há inúmeros estudos científicos, baseados em evidências clínicas, que associam a placa bacteriana e o tártaro, em sua evolução para cárie e doença periodontal, para além da perda dental, perda de inserção gengival e mau hálito. O quadro, além disso, pode progredir para doenças sistêmicas graves, como aborto, neonatais com baixo peso corporal, pneumonia por aspiração, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, endocardite bacteriana subaguda (EBSA), problemas renais, pulmonares, articulares, etc.

 

Escovação e uso do fio dental são as únicas formas de prevenir esses dois agentes?

O atual conhecimento, baseado em evidências científicas e revisões sistemáticas, aponta para o uso de métodos mecânicos de remoção da placa bacteriana como os mais eficientes. Porém, o controle químico por meio de bochechos com enxaguatórios bucais de reconhecida eficácia clínica, contendo princípios ativos, como óleos essenciais, cloreto de cetilpiridínio ou agentes fitoterápicos, como a própolis, é atualmente muito recomendado como complementação à higienização mecânica de dentes, gengivas, bochechas, palato e língua.

 

Depois que o tártaro e a placa já estão formados, que tipo de intervenção é feita pelo dentista para tratar o problema?

A placa bacteriana pode ser de fácil remoção pelo indivíduo após orientação sobre técnicas de uso do fio dental e do conjunto escova/dentifrício. No entanto, ela pode ser removida com alta eficiência em consultórios odontológicos pelo cirurgião-dentista ou pela higienista bucal por meio de taças de borracha profiláticas ou por meio de jatos de água sob pressão com bicarbonato de sódio como agente abrasivo. Nesses casos, é preciso ter cuidado, pois o jato com sal pode afetar gravemente a saúde de pacientes cardiopatas, hipertensos ou com problemas renais.

Com relação ao cálculo dentário (tártaro), ele requer intervenção do cirurgião-dentista, que o remove mecanicamente, seja com uso do ultrassom sob irrigação, por meio de instrumental clínico (curetas, raspadores dentários), com ou sem abertura cirúrgica de campo clínico para a remoção das calcificações.

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