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Para ser instalado o parafuso de titânio intraósseo (implante dentário) e posteriormente a colocação do dente de porcelana sobre este, é necessária uma quantidade mínima de osso na maxila e/ou mandíbula. Quando existe a carência de osso, torna-se necessária a recuperação (ou reconstrução) do processo alveolar dentário, que habitualmente é realizado tanto em consultório quanto em ambiente hospitalar sob anestesia geral, dependendo da quantidade de osso atrofiado. Quando os defeitos ósseos são pequenos, o dentista rotineiramente retira de uma área doadora intrabucal. Ou, quando a atrofia é grande, ele retira de outras regiões anatômicas ósseas: tíbia, crista ilíaca, parietal. No entanto é necessária a assistência de cirurgiões ortopédicos ou neurocirurgiões ou de cirurgiões plásticos. Tanto uma quanto outra técnica possuem duas áreas operadas, ou seja, a morbidade do paciente deve ser considerada. Porém, em função desta área doadora promover tal situação ao paciente, está crescendo no Brasil o Banco de Ossos humanos para esse fim. Mas o risco de deiscência de sutura (abertura espontânea de suturas cirúrgicas) pela baixa elasticidade dos tecidos moles que deverão cobrir a região enxertada é ainda muito alto, gerando desconforto tanto ao paciente quanto ao dentista. Baseada nessas dificuldades, a Técnica Kricheldorf está se tornando um procedimento de alta previsibilidade de resultados e baixo risco de rejeição, contaminação e morbidade. Pois ela, previamente à colocação do biomaterial que vai recompor o tecido ósseo atrofiado, promove a expansão dos tecidos moles, gerando o espaço necessário para tal reconstrução.