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Quando o médico administra o Tamiflu ao paciente? Em todos os casos de gripe A é necessário tomar o medicamento?

O medicamento antiviral atualmente disponibilizado pelo Ministério da Saúde do Brasil a todos os estados e municípios é recomendado a todos os pacientes que apresentem quadros de doença respiratória grave (febre, tosse, dor de garganta acompanhados de sinais de insuficiência respiratória, disfunção cardíaca e alterações neurológicas) ou pacientes portadores de doenças prévias (cardiopatia, hipertensão arterial, pneumopatia, insuficiência renal, doença hepática, diabetes, imunossupressão) ou gestantes que apresentem síndromes gripais (febre acompanhada de tosse, dor de garganta, coriza, congestão nasal).

 

Quais são os exames que identificam se o paciente está com a gripe A?

O diagnóstico específico da gripe A se fundamenta na detecção e identificação do vírus da influenza A H1N1 através do exame de PCR (identificação molecular do vírus) e isolamento viral, ambos a partir de secreções respiratórias colhidas na cavidade nasal e garganta.

Exames sorológicos (que detectam anticorpos) e testes rápidos não são recomendados como critério de confirmação diagnóstica da nova influenza.

 

Quais são os sintomas que deixam o médico em alerta para comprovar que determinado paciente está com a gripe A?

O quadro clínico não é específico a ponto de permitir distinguir entre a gripe A, causada pelo vírus da influenza A/H1N1, e a gripe sazonal (que ocorre anualmente) e as demais viroses respiratórias. Entretanto, a presença de alguns sinais e sintomas podem servir como alerta aos profissionais da saúde no sentido de identificar pacientes que apresentem quadro mais severos, podendo inclusive haver a necessidade de internação: dispnéia (falta de ar), dor torácica, taquicardia, hipotensão (queda dos níveis pressóricos), alterações do nível de consciência (tontura, sonolência, prostração significativa). No caso de crianças, sobretudo menores de 2 anos de idade, irritabilidade, recusa a alimentação, sonolência, sinais de desconforto respiratório são importantes sinais de gravidade.

Especial atenção deve ser dada às gestantes que venham a apresentar, além dos sinais de alerta comuns ao demais pacientes, alterações dos movimentos fetais, hemorragias, dor abdominal, contrações uterinas. Nessas situações recomenda-se que haja uma cuidadosa avaliação para indicação precoce do antiviral e possível necessidade de internação.

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