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Como é feito o diagnóstico?
Durante a avaliação clínica, a história do sono é fundamental para a identificação da natureza do problema. Deve-se avaliar os padrões de sono-vigília do paciente, considerando os finais de semana e feriados, interrogando-se, inclusive, o(a) parceiro(a), além dos sintomas ao longo das 24 horas. Deve-se investigar a presença de distúrbios psiquiátricos ou psicopatológicos, doenças clínicas ou neurológicas. O uso de drogas/álcool e sua relação com o padrão de sono e SE também devem ser pesquisados. Informações sobre tipo, dose e horário da ingestão devem ser incluídas na investigação.
Os diários do sono são instrumentos importantes na avaliação da SE. Os diários do sono devem incluir horários de ir para cama e levantar, além dos de dormir e acordar, qualidade do sono, despertares durante à noite (horário e duração), cochilos e uso de medicamentos, por exemplo. Muitas escalas de sonolência têm sido disponibilizadas na literatura, porém as utilizadas com mais frequência são a Escala de Sonolência de Stanford (ESS), a Escala de Sonolência de Karolinska (ESK) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESE).
A polissonografia (PSG), o Teste das Múltiplas Latências do Sono (TMLS) e o Teste de Manutenção da Vigília (TMV) podem ser utilizados para avaliação objetiva da SE. A PSG permite o registro de múltiplas variáveis fisiológicas durante uma noite de sono e constitui uma ferramenta essencial para avaliação do padrão do sono noturno e diagnóstico dos distúrbios do sono. Deve ser indicada a pacientes com queixa de SE, exceto àqueles com SE claramente associada à privação de sono ou uso de medicamentos. O TMLS é o exame mais utilizado para a quantificação objetivade SE, sendo considerado o padrão-ouro para este tipo de investigação. Ambos TMLS e TMV avaliam o início do sono em 4 ou 5 registros poligráficos realizados ao dia, em intervalos de 2 horas, geralmente após PSG noturna.