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Qual é o tratamento?
Varia de acordo com a gravidade da doença. A maioria das pessoas é tratada com remédios, porém os casos mais graves podem necessitar de cirurgia. A cirurgia é a única cura da retocolite ulcerativa.
Certos alimentos (variam de caso para caso) podem desencadear crises de retocolite e devem ser evitados pelos pacientes. É importante oferecer apoio emocional e psicológico.
Algumas pessoas podem apresentar remissões – períodos sem sintomas – que duram meses ou anos. Contudo, na maioria dos casos, os sintomas terminam voltando em alguma época. Com isso, fica difícil determinar quando o tratamento realmente foi eficaz.
a) Medicamentos: a maioria dos pacientes com doença leve ou moderada são tratados incialmente com Sulfassalazina. Esta droga pode ser utilizada indefinidamente e associada a outros medicamentos. A forma mais pura contém apenas Mesalamina, o princípio mais ativo da sulfassalazina. Náuseas, vômitos, azia, diarreia e dor de cabeça.
Os casos mais graves e aqueles que não respondem ao tratamento com mesalamina podem ser tratados com corticosteróides (prednisona e hidrocortizona são os mais utilizados). Estas drogas podem ser administradas por via oral, endovenosa, na forma de enemas ou supositórios, dependendo da localização da inflamação. Os corticosteróides podem causar efeitos colaterais, como ganho de peso, acne, pêlos na face, hipertensão, mudanças de humor e aumento do risco de infecções.
Às vezes, os sintomas muito acentuados e a pessoa deve ser hospitalizada. Por exemplo, casos com sangramento intenso ou diarréia acentuada com desidratação. A cirurgia pode ser considerada.
b) Cirurgia: entre 25% e 40% dos pacientes com colite ulcerativa serão operados, com retirada do cólon, devido a sangramento maciço, doença grave, ruptura do cólon ou risco de câncer.
São utilizadas várias técnicas cirúrgicas, mas a mais comum é a Proctocolectomia com ileostomia. Remove-se o cólon e o reto e a porção final do intestino que restou, o íleo, é exteriorizada por meio de uma abertura (estoma) no abdome. As fezes, então, passam a ser eliminadas através da ileostomia. Adapta-se uma bolsa na ileostomia para coletar as fezes.
Uma alternativa a este procedimento é a chamada ileostomia continente. Nesta cirurgia, o cirurgião utiliza o íleo para criar uma bolsa dentro do abdome. As fezes são acumuladas nesta bolsa. O paciente esvazia a bolsa inserida nela um tubo através de uma pequena abertura à prova de vazamentos feita na pele. As complicações desta técnica incluem defeito no mecanismo à prova de vazamento e inflamação da bolsa.
Outra técnica que pode ser utilizada é a anastomose ileoanal ou operação de telescopagem. Ela permite uma vida quase normal e tem se tornado a cirurgia mais comum para colite ulcerativa. O cirurgião remove a parte doente do cólon e a camada interna do reto (mucosa), deixando seus músculos. O íleo é conectado ao reto e ao ânus, criando uma bolsa. As fezes são armazenadas nesta bolsa e eliminadas através do ânus.
A técnica cirúrgica a ser utilizada varia de acordo com a gravidade da doença e as necessidades, expectativas e estilo de vida de cada paciente. A maioria dos casos de colite ulcerativa jamais necessitará de outra cirurgia, pois a operação significa cura para a colite.
c) Sob pesquisa: acredita-se que um corticosteróide chamado budesonida pode ser tão eficaz quanto a prednisona no tratamento da colite ulcerativa, e possui menos efeitos colaterais.
A ciclosporina, uma droga que inibe o sistema imune, pode ser um tratamento promissor para as pessoas que não respondem ao uso de corticosteróides ou derivados da sulfassalazina.
O uso de nicotina (na forma de adesivos ou enema) para diminuir os sintomas ainda é experimental.