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Quais os níveis de intensidade?

A dor pode ser leve, moderada ou intensa. Em relação ao estudo das características da dor em serviços especializados, há autores que relataram maior proporção de dor moderada e outros, de dor intensa. Em pacientes com doença mental e sem doença orgânica de base, a intensidade da dor aumenta com o avanço da idade. A duração média da dor crônica na maioria dos estudos é de 8 anos. Também, a dor crônica altera a qualidade do sono de forma moderada a intensa, a qualidade de vida e o bem-estar físico, psíquico e social.

Existem vários métodos para mensurar a intensidade da dor. Através da escala de classificação numérica, os pacientes indicam a intensidade da dor, em uma escala de 0 a 10, em que zero representa ausência de dor e 10 a pior dor imaginável. A maioria dos pacientes compreende esse tipo de escala, que pode ser administrada de forma verbal ou escrita. Assim, consegue-se um escore numérico de um instrumento em uma interface não-numérica.

A escala analógica visual consiste em uma linha de 10 cm, onde o paciente marca a sua dor e o médico mede a extensão da linha até a marca. A principal desvantagem dessa técnica é o tempo necessário gasto para medir a escala. Todas essas escalas, contudo, simplificam a mensuração da dor e não traduzem a natureza complexa da mesma.

A escala de avaliação multidimensional (McGill Pain Questionnaire), apesar de validada no Brasil e analisar de forma adequada os aspectos sensoriais, motivacionais e cognitivos da dor, utiliza vários descritores, tornando-se confusa, demorada, difícil de ser interpretada, interferindo na validade de sua equivalência clínica.

Outras escalas estudam a qualidade de vida diária (atividade geral, humor, habilidade para deambular, capacidade para o trabalho, relações com outras pessoas, sono e prazer de estar vivo), a função e a capacidade do aparelho locomotor e analisam o impacto físico, o social e o psíquico impostos pela dor.

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