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Qual o tratamento? Tem cura?

O tratamento envolve medidas gerais e terapia medicamentosa. Existem diversas opções terapêuticas e a escolha da medicação dependerá de cada caso. O objetivo do tratamento medicamentoso é a redução dos eventos graves, ou seja, a redução da ocorrência de fraturas. Logo, no acompanhamento do tratamento através da densitometria óssea, podemos ter um aumento ou estabilização da densidade óssea, mas o efeito mais importante é a prevenção das fraturas durante o uso do fármaco.

Dentre as medidas gerais temos um “tripé” de orientações: exercício, alimentação e sol.

O exercício físico atua como um estímulo à formação óssea, manutenção do equilíbrio, do padrão da marcha, das reações de defesa e da propriocepção a fim de evitar quedas, de forma que praticar exercícios desde a infância poderia ser uma forma de estimular um aumento da massa óssea, auxiliando na prevenção da osteoporose no futuro. Dentre as atividades possíveis observou-se que a atividade com carga, tipo musculação e caminhadas, possui um maior e melhor efeito sobre o osso, aumentando a massa muscular e a massa óssea.

A OMS definiu em um boletim especial em 2003 sobre exercícios e osteoporose que caminhadas, exercícios aeróbicos e tai chi seriam os mais indicados para melhorar não só a saúde do osso, mas de todos os outros fatores envolvidos (flexibilidade, equilíbrio, resistência muscular). Para atingir o efeito desejável, recomenda-se a prática regular das atividades, por um período mínimo de 30 minutos, 3 vezes por semana. Indivíduos com osteoporose já estabelecida devem evitar exercícios de alto impacto por risco de fraturas, mas poderão e deverão fazer outros tipos de exercícios. Estima-se que a atividade física possa reduzir o risco de fratura de quadril em 50%, mesmo atividades mais modestas.

Uma alimentação saudável e equilibrada (observando a ingesta de alimentos ricos em cálcio, como o leite e seus derivados, sardinha e verduras de folha verde-escura), além de evitar a osteoporose e outras doenças crônicas, melhora o bem-estar e a qualidade de vida. A ingesta ideal de cálcio varia com o período da vida. Mulheres na menopausa deverão ingerir entre 1000 e 1500 mg de cálcio/dia, o equivalente a 1 - 1,5 litro de leite/dia.

Tomar sol durante 10 minutos 3 vezes por semana seria o suficiente para a metabolização da vitamina D sob a pele a partir dos raios UVB do sol, mas o tempo ideal de exposição irá variar dependendo da cor da pele do indivíduo (se for negro, exigirá maior tempo porque a melanina da pele reduz a ação dos raios UVB) e da região onde vive (quanto mais próximo à linha do Equador, menor tempo devido ao ângulo de incidência dos raios UVB). Sua principal atuação é a regulação do cálcio no organismo e, conseqüentemente, a saúde de ossos e músculos. Ela também pode ser encontrada em certos alimentos na forma de D2 ou ergocalciferol (fígado, gema de ovo, peixes gordurosos como sardinha, salmão ou cavala).

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