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O otorrino explica que existem vários tipos de perda auditiva. São elas:

- Perda auditiva condutiva: é a que ocorre no aparelho de condução do som, ou seja, orelhas externa e média, sem comprometer a orelha interna. A pessoa perde muito pouco da audição ou no máximo cerca de 40 a 50% da audição (até 60 dB).

Geralmente é uma perda reversível, ocorrendo, por exemplo, na rolha de cera, na perfuração timpânica, nas otites crônicas, nas gripes e resfriados, nas otites agudas e nas malformações de orelha externa e média. Essas perdas podem ser tratadas com aparelhos de audição, cirurgias ou medicamentos e procedimentos otorrinolaringológicos (como retirada de cerume impactado no ouvido).

- Perda auditiva neurossensorial: é a que ocorre no aparelho de transformação do som (ouvido interno ou cóclea) de sinal mecânico (ondas sonoras) em sinal elétrico, que é percebido pelo nervo da audição e por nosso cérebro. No caso de comprometer a cóclea, a perda é sensorial e no caso de comprometer o nervo auditivo ou outras estruturas do cérebro (vias auditivas centrais), é chamada de perda auditiva neural. São exemplos dessa perda aquelas causadas pela idade (presbiacusia), por fatores genéticos, por traumas na cabeça, por otosclerose, entre tantas outras causas. São perdas irreversíveis e tratadas com aparelhos de surdez, que podem ser externos ou implantáveis cirurgicamente, como no caso do implante coclear.

- Perda auditiva mista: é a que ocorre no aparelho de condução do som, ou seja, orelhas externa e média, e também compromete a orelha interna. Pode ser causada por otites agudas ou crônicas, como no caso do colesteatoma, e pode ser tratada com aparelhos de audição, cirurgias ou medicamentos.

- Perda auditiva neurossensorial profunda unilateral: ocorre quando a pessoa não percebe qualquer som por uma das orelhas e no exame de audiometria é identificada uma percepção de sons acima de 90 dB ou não percebem qualquer intensidade de som. Muito comumente o paciente se adapta à perda e não precisa de aparelhos de audição, e em casos específicos pode ser tratada por cirurgias para a implantação de próteses eletrônicas ancoradas no osso.

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