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Embora ainda não se conheça todos os mecanismos que levam à formação dos nódulos, as principais causas seriam bócio coloide (células normais da tireoide), cistos simples, tireoidites (inflamação na glândula levando à formação de nódulos) e neoplasias. Algumas características necessitam de uma cautela maior: nódulo com crescimento muito rápido, história de irradiação (radioterapia) prévia na região cervical (pescoço) e rouquidão súbita.

Vale frisar que o nódulo é uma alteração de "estrutura", não influencia na função da tireoide. Algumas pessoas fazem certa confusão com isso, questionando como podem ter nódulo se o exame de sangue nunca acusou nada. Embora indivíduos com hipotiroidismo tenham maior chance de ter nódulo, a maioria das pessoas com nódulos tem função da tireoide normal.

Não há indicação de medicamento para nódulo tireoidiano, a não ser que o paciente também apresente hipotiroidismo (tireoide lenta). Nestes casos, há diminuição do nódulo com o tratamento e normalização do TSH (hormônio que estimula a tireoide). Mas não há evidência científica para prescrição de medicação para indivíduos que não tenham alteração da função da glândula.

A grande maioria dos nódulos não precisa ser puncionada, mas requer acompanhamento semestral ou anual com imagem. Atualmente, seguimos algumas diretrizes internacionais e nacionais (SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) para indicar ou não a punção. Embora a menor parte dos nódulos (5-10%) seja por neoplasia (câncer de tireoide), a avaliação e o seguimento especializado são fundamentais.

 

 

Dra. Claudia Chang, doutoranda em Endocrinologia pela USP/Coordenadora e Professora de Pós-Graduação em Endocrinologia pelo ISMD – Instituto Superior de Medicina – (CRM 110155)

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