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Além dos fatores que fazem o problema ser comum em idosos, quais outras causas podem acarretar incontinência urinária nos homens?

O câncer de próstata tratado por cirurgia ou radioterapia pode levar à incontinência. Esse câncer é mais diagnosticado na faixa dos 50 aos 70 anos. Felizmente, o problema costuma ser temporário e de grau leve. Uma pequena parcela de homens vai apresentar perda urinária mais intensa e necessitar de tratamento mais invasivo. Nos adultos jovens, a incontinência pode ser causada pelas lesões traumáticas da medula espinhal após acidentes. Essas lesões, além de comprometer a força e o movimento dos membros, podem prejudicar o funcionamento da bexiga.

 

O tratamento da incontinência urinária é feito apenas com base em medicamentos ou também existem formas alternativas, como fisioterapia e cirurgia?

O tratamento vai depender da causa do problema, que é esclarecida após consulta e exames específicos. Existem medicamentos que inibem a contração da bexiga e melhoram a capacidade de armazenamento. Eles são utilizados principalmente quando a pessoa tem dificuldade de controlar o desejo de urinar e sente urgência de ir ao banheiro. Quando o problema é anatômico, como fraqueza do esfíncter (musculatura ao redor da uretra) ou bexiga de pequena capacidade, a solução pode ser a cirurgia para corrigir esses problemas. A fisioterapia pode ajudar tanto no funcionamento da bexiga quanto no fortalecimento dos músculos.

 

A incontinência pode ser totalmente curada ou ela é apenas controlada?

Depende da causa. Numa lesão neurológica definitiva ou doença progressiva, pode ser controlada e, em outras situações, pode ser totalmente curada. O especialista (urologista) sempre pode indicar um tratamento que visa melhorar a qualidade de vida do paciente.

 

 

Dr. Rogério Simonetti Alves é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui residência médica, mestrado e doutorado pela Escola Paulista de Medicina e Universidade Federal de São Paulo – Unifesp. É professor afiliado da Disciplina de Urologia da Unifesp e chefe do Grupo de Disfunção Miccional Masculina e Próstata. Atua também nas áreas de urodinâmica e incontinência urinária feminina. Possui título de especialista da Sociedade Brasileira de Urologia. É diretor da Sociedade Brasileira de Urologia – seccional de São Paulo.

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