Testículo retrátil

Como é feito o tratamento?

Geralmente, as mudanças hormonais que ocorrem no início da puberdade (aumento dos níveis de testosterona) abolem o reflexo cremastérico e o testículo fixa-se no escroto.

Além disso, durante o tratamento hormonal para criptorquidia unilateral (situação em que o testículo não está na bolsa), o reflexo cremastérico fica abolido, mas costuma voltar com o término desse tratamento. Finalmente, o testículo retrátil pode ser tratado pela secção cirúrgica do músculo cremáster.

Até quantos anos é possível esperar que o testículo volte ao normal?

O reflexo cremastérico costuma permanecer até o início da puberdade (11 a 13 anos de idade), quando então é abolido pelo aumento dos níveis sanguíneos de testosterona, hormônio produzido pelo testículo. Entretanto, a gônada pode permanecer retrátil em alguns poucos pacientes.

Testículo retrátil pode ocasionar alguma outra doença?

Na literatura médica, há autores sugerindo que alguns pacientes portadores de testículo retrátil bilateral podem vir a apresentar, no futuro, redução da fertilidade, sendo essa redução diretamente relacionada com o tempo em que o testículo permanece fora do escroto. Quanto maior o tempo, maior seria essa probabilidade. Assim, é conveniente que os pais observem seus filhos durante algumas semanas e, havendo dúvidas, procurem o urologista de sua confiança.

Existe alguma técnica que as mães possam aplicar para ajudar o testículo voltar ao normal?

Não é recomendável qualquer manipulação da gônada no sentido de forçar o testículo a permanecer na bolsa, pois o reflexo cremastérico só será abolido pela elevação dos níveis sanguíneos de testosterona ou pela cirurgia.

Prof. Dr. Silvio Tucci Junior é Professor Adjunto da Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; Coordenador dos Serviços de Urologia Pediátrica e da Unidade de Transplante Renal do HCFMRP-USP. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.