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Pessoas que trabalham em esquema de plantão são mais propensas a terem este problema?
Sem dúvida. Os trabalhadores em turnos, geralmente noturnos ou que iniciam muito cedo o expediente (motoristas, pilotos de avião, médicos, enfermeiros, padeiros, etc.), sobrecarregados por escalas exaustivas, sem repouso adequado, apresentam um quadro de privação crônica de sono. Quando há também ao mesmo tempo outro distúrbio de sono associado, principalmente a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, ocorre a potencialização dos efeitos adversos da sonolência diurna excessiva.
Sonolência diurna tem relação com insônia?
Em quadros iniciais de insônia (primeiras semanas) pode haver sonolência diurna como efeito da privação aguda de sono. Na maioria das insônias cronicamente estabelecidas (psicofisiológicas) a queixa de sonolência excessiva diurna não é frequente; a não ser que uma condição clínica ou uso de medicamento estejam associados, o que predomina é a fadiga.
Como tratar? Só dormir bem 8 horas por dia resolve?
O tratamento da sonolência excessiva diurna passa por uma boa avaliação clínica geral, com ênfase em distúrbios do sono. Cada pessoa tem uma necessidade de sono e isso deve ser individualizado. A maior parte da população requer entre 7 e 8 horas de sono por noite. A quantidade inadequada de sono deve ser abordada com orientações sobre higiene do sono e, se necessário, acompanhamento psicoterápico (Terapia Cognitivo-Comportamental), que serão fundamentais para a correção de hábitos e vícios errôneos, incompatíveis com uma boa noite de sono reparador.
Dr. Paulo Marsiglio Neto - CRM DF7608 - é Médico, graduado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Atua na Secretaria de Saúde - DF e em Clínica Privada. Experiência na Área de Medicina, com ênfase em Medicina Interna (Distúrbios do Sono) e Otorrinolaringologia (Otoneurologia). http://blogspotdosono.blogspot.com/
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