Disidrose: dermatose gera desconforto e coceira nas mãos e pés

Quais são os sintomas? Qual é o aspecto da disidrose?

Os sinais e sintomas da disidrose e das erupções disidrosiformes são vesículas localizadas nas palmas e plantas, geralmente são bilaterais, predominam nas porções laterais dos dedos das mãos e dos pés. As vesículas se coalescem (se encontram), por vezes formando bolhas maiores. O conteúdo das vesículas é geralmente incolor e inodoro. Quando há infecção, pode se formar pústulas (conteúdo com pus). A doença apresenta recorrência e, quando em involução, tem-se descamação e não vesículas.

Como o quadro evolui?

Primeiramente inicia-se com vesículas pruriginosas ou não que, após serem rotas por trauma ou pelo ato de coçar, se rompem e assim inicia-se um processo de descamação. Caso não haja trauma, as lesões involuem espontaneamente.

A disidrose aparece e some ou é algo constante?

A doença apresenta períodos de remissão em que desaparece totalmente, porém ela pode retornar, acometendo novamente as mãos e os pés. Essa remissão acontece geralmente após tratamentos.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é feito com cuidados gerais, evitando-se irritantes como materiais de limpeza e estimulando-se o uso de luvas de vinil. O uso de hidratantes e emolientes é fundamental. A drenagem das vesículas pode ser realizada por material estéril. O uso de corticosteroides tópicos e orais é indicado, porém muitas vezes apresentam resultados frustrantes. O uso de imunossupressores como ciclosporina e azatioprina está indicado em casos mais severos. Os imunomoduladores tópicos se tornaram promissores no tratamento dessa doença. Também pode ser usada a fototerapia.

Que cuidados a pessoa com disidrose deve ter?

Na disidrose das mãos, principalmente, o estilo de vida deve ser modificado. Observa-se atenção especial à disidrose relacionada à presença do níquel, no entanto, é importante afastar outras causas mais simples, como produtos de limpeza e medicações (betabloqueadores, metildopa, neomicina, gentamicina, amiodarona, tetraciclina, piroxicam) e também o álcool, etc.

Dr. Adriano Almeida é especializado em dermatologia, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, pós-graduado em medicina estética e professor da pós-graduação da Fundação Pele Saudável. CRM 119415