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Há tratamento? Como ele é feito?
Sim, o tratamento é composto basicamente por antibióticos e anti-inflamatórios. Normalmente o tempo do tratamento dura de seis meses a um ano, dependendo da forma clínica da doença.
O tratamento é distribuído pelo SUS?
Sim, o tratamento está disponível em todas as unidades de saúde que tratam a hanseníase e, como todo medicamento do SUS, é fornecido gratuitamente.
É necessário o isolamento do doente?
Não, o isolamento aconteceu em uma época em que não havia tratamento ou o medicamento usado era pouco efetivo contra a doença. Os novos medicamentos utilizados matam mais de 99,0% dos bacilos na primeira dose, ou seja, não há a menor necessidade de se isolar o paciente. Aliás, essa conduta é contraindicada pelo Ministério da Saúde, pois o portador de hanseníase deve se tratar nas Unidades Básicas de Saúde ou nos Centros de Referência da doença, sem discriminação ou preconceito tanto pelos profissionais de saúde como pela população.
O paciente em tratamento pode contaminar outras pessoas?
Não, isso geralmente não acontece. A doença normalmente só é transmitida por pessoas que possuem uma forma contagiosa da doença sem tratamento.
O que acontece se o paciente não se tratar?
Ele corre sério risco da doença evoluir, provocando sérias lesões principalmente nas mãos, pés e olhos, podendo levá-lo a incapacidades ou deformidades severas que poderão prejudicar a pessoa afetada pelo resto da vida.
Fontes:
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ª Edição. Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia para o Controle da Hanseníase. Brasília, 2002.
Dr. Isaias Nery Ferreira é doutor em Ciências da Saude pela Universidade de Brasília. Atualmente é enfermeiro da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA -, professor de graduação e pós-graduação em cursos na área de Ciências da Saúde. Tem experiência na área hospitalar, de Saúde Coletiva e atenção básica, atuando principalmente nos seguintes programas: hanseníase, tuberculose e diabetes.
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