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Ela é contagiosa?

Apesar de ser uma doença infectocontagiosa, a maioria da população não precisa se preocupar, pois não vai adoecer ou “pegar” a doença. A hanseníase é uma doença muito antiga e a maioria da população está protegida contra ela, visto que temos uma memória imunológica que geralmente nos protege. Só uma minoria da população que, dependendo de sua imunidade ou que vive em áreas de grande endemia (muitos casos de doentes), pode contrair a doença quando em contato com um doente da forma que transmite e que não esteja em tratamento. Como em outras doenças infecciosas, a conversão de infecção em doença depende de interações entre fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do próprio bacilo da doença.

 

Quais são os sintomas?

São principalmente alterações de pele persistentes (manchas claras ou escurecidas, caroços) associadas com alterações de sensibilidade no local, podendo haver dor e espessamento dos nervos periféricos, perda de sensibilidade ou da força dos músculos de mãos, pés e olhos ou pálpebras. Nas lesões (manchas ou caroços), pode haver queda ou rarefação de pelos e diminuição da produção de suor. Como as manchas da doença não coçam, doem ou descamam, apresentando no início diminuição ou alteração de sensibilidade, muitos pacientes não se preocupam e demoram a procurar um serviço de saúde.

 

Em quais regiões do corpo a hanseníase é mais frequente?

As alterações principalmente na pele e nos nervos periféricos podem levar a sérios problemas de incapacidades e/ou deformidades, principalmente das mãos, pés e olhos, podendo até mesmo causar cegueira. Essas lesões geram transtornos físicos e psicológicos que podem levar à diminuição da vida social e à incapacidade para o trabalho. Elas também são responsáveis pela estigmatização e preconceito dos familiares e da sociedade contra os afetados pela hanseníase.

 

Qual o período de incubação da doença?

Como o bacilo Micobacterium leprae é metabolicamente pobre, o seu período de incubação é longo, variando de dois a sete anos, sendo uma doença de evolução lenta.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito principalmente através de uma análise epidemiológica (análise da história e condições de vida do paciente) e exame clínico das lesões da pele (manchas, caroços, áreas com alteração de sensibilidade, etc.), onde são realizados exames para identificar alterações de sensibilidade térmica, tátil ou dolorosa e avaliação funcional dos nervos. Em determinadas situações, exames complementares como a biópsia da pele ou nervo podem ser solicitados.

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