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Quais as características clínicas de cada apresentação da doença?

A forma Indeterminada-I é a apresentação inicial da doença. Em geral uma mancha esbranquiçada ou área da pele com alteração da sensibilidade ao calor e à dor (meio dormente ou com sensações de formigamento), mas de início pode ser assintomática. Pode também ocorrer queda de pelos e secura da pele (não sua no local). Essa mancha pode permanecer durante anos e evoluir para as formas polarizadas (T, D ou V) ou até desaparecer. O diagnóstico nessa fase impede essa evolução.

A hanseníase Tuberculoide-T é caracterizada por uma lesão de pele em placa, tipo impingem, mas também pode afetar os nervos da face, dos braços e das pernas. Em geral são lesões mais dormentes, mas pouco numerosas.

As duas formas clínicas acima são consideradas paucibacilares, ou seja apresentam raríssimos bacilos, em geral não perceptíveis nos exames laboratoriais e não são consideradas contagiosas.

 

 

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A hanseníase Virchowiana-V é a forma mais grave e disseminada da doença, ocorrendo em pessoas que permitem a multiplicação de muitos bacilos. Assim pode afetar pele, nervos, olhos, articulações, gânglios, causar rinite, etc. Nesse caso, a doença pode ser sistêmica e se apresentar com sintomas gerais, com reações graves do organismo: ínguas, inchaços, febre, dores nas juntas, caroços no corpo, acometimento dos testículos, etc.

A hanseníase Dimorfa ou Borderline é uma forma intermediária entre as formas polarizadas T e V. Em geral tem manifestações de ambas as formas. Dependendo do momento do diagnóstico, pode ser menos contagiosa, mais próxima do T. Mas, se o diagnóstico é tardio, pode causar muitas sequelas e as manifestações clínicas se assemelham à forma Virchowiana.

Estas duas formas clínicas são multibacilares e responsáveis por manter a cadeia de transmissão da doença.

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