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Como ela se manifesta?

O primeiro ataque de pânico é sempre espontâneo, inesperado. Os sintomas começam de forma crescente, atingindo um máximo em torno de 10 minutos. Raramente ultrapassam os 30 minutos. Os sintomas mais comuns são: dispneia, sensação de sufocação ou de asfixia, vertigem, sensação de instabilidade ou de desmaio, palpitações, tremores, sudorese, náusea ou desconforto abdominal, despersonalização ou desrealização, parestesias, ondas de calor ou de frio, dor ou desconforto no peito, medo de morrer, medo de enlouquecer.

Durante o ataque o paciente pode se sentir confuso, ter dificuldade de concentração, necessidade de abandonar o local para procurar ajuda ou ir para outro lugar mais bem ventilado.

Preocupações com os sintomas físicos, principalmente relativos à morte por problema cardíaco ou respiratório, podem ser o foco principal de atenção durante um ataque de pânico. Os sintomas depressivos são frequentes, estando presentes em 80% dos pacientes, inclusive com risco de suicídio.

O curso do transtorno de pânico é variável. Os pacientes alternam, após o primeiro ataque, períodos de ataques frequentes com períodos assintomáticos. Esses períodos assintomáticos são em parte responsáveis pela dificuldade de adesão ao tratamento, resposta placebo e pelas recaídas incompreensíveis. Há a ideia, com base na experiência clínica, que cerca de 50% dos pacientes se recuperam espontaneamente após um longo período do transtorno. Talvez desapareçam após 20 ou 30 anos, mas a qualidade de vida dos pacientes estará comprometida para sempre.

 

Como é feito o diagnóstico?

Já que não existem exames complementares que possam validar um diagnóstico psiquiátrico, o transtorno de pânico é um diagnóstico de exclusão.

Na diferenciação, o médico deve considerar o hipertireoidismo, a abstinência ou intoxicação por drogas, as anemias, a hipoglicemia, o feocromocitoma, a epilepsia do lobo temporal etc.

No diagnóstico diferencial devemos sempre considerar as fobias, os demais transtornos de ansiedade, a simulação, a despersonalização e a depressão nas suas diferentes apresentações.

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