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Como ela surge?

Após a infecção do tecido ósseo por um agente bacteriano, fúngico ou viral, o sistema imune iniciará um processo de combate dessa infecção enviando células de defesa, ou neutrófilos, ao local. Os neutrófilos irão, nesse caso, eliminar o agente infectante. Algumas vezes, porém, os neutrófilos não são capazes de eliminar todas as bactérias ou agentes infectantes, morrendo no local. A presença de neutrófilos mortos e bactérias produz uma substância conhecida como pus. A presença de pus no canal medular, juntamente com bactérias remanescentes, produz abscessos. Abscessos são bolsas que contêm pus, tecidos e bactérias no interior do osso. Se o tratamento antibiótico for efetivo a ponto de eliminar todos os focos de infecção, o abscesso não se formará. No entanto, muitas vezes ocorre resistência das bactérias aos antibióticos e os abscessos se formam e persistem a tratamentos. Na osteomielite crônica, os abscessos bloqueiam o suplemento sanguíneo intraósseo, levando, eventualmente, à morte do tecido ósseo, ou necrose.

 

Como ocorre a osteomielite crônica?

Na osteomielite crônica o processo inflamatório, ou seja, a ativação dos mecanismos de defesa teciduais contra o agente infectante (bactéria, vírus, fungos) ocorre aproximadamente depois de dois meses ou mais após uma infecção inicial. Em um primeiro momento ocorre a infecção por microorganismos e uma inflamação primária (aguda) pode ocorrer (dias a semanas). Se o microorganismo não for eliminado pela inflamação aguda, ele persiste no tecido. Se isso ocorrer, esse agente pode continuar ativo provocando então o que é chamado de inflamação crônica (ou seja, longa, que pode durar meses para se resolver). Na inflamação crônica, neste caso osteomielite crônica, ocorre a tentativa constante de eliminação do microorganismo pelo tecido onde células de defesa produzem citosinas. Estas citosinas são úteis para eliminar o agente infectante mas também pode causar dano tecidual, fibrose e no caso até necrose óssea.

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