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Os pesquisadores calculam que será necessário pelo menos cinco anos para que o protótipo proporcione uma visão de qualidade maior do que as manchas de claridade pouco definidas obtidas hoje. Recomenda-se cautela em relação à novidade. Não podemos precisar o tempo para que o ‘olho biônico’ entre no mercado, nem custos e indicações precisas. Existem ainda dificuldades técnicas, como compatibilidade do material usado e complicações cirúrgicas.

A indicação do olho biônico é bem específica. Hoje são testadas pessoas totalmente cegas por problemas retinianos, principalmente distrofias genéticas para as quais ainda não há tratamento ou prevenção eficazes e é necessário que exista integridade do nervo óptico para levar a informação para o cérebro. Isso quer dizer que a novidade não serviria, por exemplo, para pessoas cegas por glaucoma. É claro que isso tudo deve evoluir no futuro, podendo aumentar as indicações e melhorar os resultados, mas isso ainda demora um pouco.

 

 

Dr. Renato Braz é oftalmologista, especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, chefe do Departamento de Retina, Vítreo e Uveítes do Hospital de Olhos Inob.

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