Índice deste artigo:

Causas e prevenção

Critérios médicos definem a hipertensão, quando o paciente apresenta pressão arterial acima dos 140 por 90 mmHg. Na verdade, qualquer resultado acima de 120 por 80 mmHg já requer mais cuidados.

Os vilões da pressão arterial são: obesidade, estresse prolongado, vida sedentária, diabetes, predisposição hereditária e excesso de ingestão de álcool ou de sal na dieta diária. A medida máxima recomendada pelos médicos é de uma colher, de chá, rasa de sal nos alimentos. Sugere-se, ainda, não levar o sal à mesa, evitar alimentos e temperos enlatados, embutidos e industrializados.

Para prevenir, é necessário reduzir o sal da alimentação, mudar o estilo de vida, parar de fumar, moderar o consumo de bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos aeróbicos. Em alguns casos, que só podem ser diagnosticados por um especialista, o controle precisa ser feito com auxílio de medicamentos.

 

Curiosidade

Uma curiosidade comum nos consultórios pode detectar o problema em quem, na verdade, pode ser saudável. Você já ouviu falar em síndrome do jaleco branco? Marcos Bubna explica que, pelo menos, 20% da população se enquadram neste caso de pressão arterial elevada, apenas quando está diante do médico. É um aumento reacional causado pelo estresse que algumas pessoas sentem ao entrar em um consultório. “O estresse libera dois hormônios que colaboram com o aumento da pressão arterial - a adrenalina, que faz acelerar o coração e contrair as artérias; e o cortisol, que aumenta a retenção de água e sal pelo organismo”, completa Bubna.

Por isso, quando um paciente apresenta hipertensão na primeira medição em consultório, várias outras devem ser feitas ao longo da consulta. "Havendo suspeita de hipertensão do jaleco branco, o ideal é fazer o acompanhamento por meio de um aparelho que fica conectado ao paciente, durante 24 horas, fazendo medições frequentes", diz o cardiologista.

O médico alerta sobre a existência de remédios que colaboram para o aumento da pressão arterial, especialmente os corticóides, anti-inflamatórios, anticoncepcionais e anorexígenos. “Os corticóides, por exemplo, aumentam a retenção de líquido e de sal no organismo, o que pode elevar a pressão arterial", afirma o cardiologista. "Isso não significa que os hipertensos não possam ser tratados com tais medicamentos. Trata-se de um alerta para que, em hipótese alguma, as pessoas consumam remédios de forma indiscriminada e sem acompanhamento médico", conclui.

Publicidade