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A prevenção é o melhor tratamento. Assim, em primeiro lugar, o tratamento para essa patologia é o mesmo utilizado para o alcoolismo crônico, a abstinência alcoólica. A abstinência resultará em ingestão e absorção adequadas de vitamina B1, o que irá prevenir o desenvolvimento da síndrome. Entretanto, em pacientes que já apresentam sintomas clínicos da síndrome de Wernicke-Korsakoff, mas ainda não apresentam lesões cerebrais, a administração terapêutica dessa vitamina provou amenizar alguns dos sintomas e tem sido usada como tratamento desde os anos 50. Porém, como toda doença neurodegenerativa, os danos cerebrais que já acometeram o indivíduo não podem ser revertidos.
Não é possível curar a síndrome. Indivíduos que já manifestam sintomas clínicos tardios da síndrome de Wernicke-Korsakoff, como amnésia anterógrada permanente, não podem ser curados, pois as lesões cerebrais são irreversíveis. O que se pode fazer é impedir a evolução dessas lesões e o consequente agravamento dos sintomas, através da abstinência alcoólica e ingestão adequada de vitamina B1.
Rita G. W. Pires é Doutora e Mestre em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Pós-doutora pelo Robarts Research Institute, Canadá. Atua como Profa. Adjunto do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Espírito Santo.
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