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Como a síndrome é adquirida?
Não há um consenso quanto ao que causaria a síndrome de Asperger e a pesquisa na área busca por respostas. Por enquanto não há um marcador biológico identificado. Contudo, é sabido que as características representam alterações estruturais no desenvolvimento da linguagem, socialização e imaginação, que possivelmente não apareceram simplesmente de uma hora para outra. Muitos profissionais costumam falar que a síndrome de Asperger é uma condição multifatorial.
Quais são os sinais de alerta e por que prestar atenção neles?
É natural para uma criança, desde bebê, o interesse pelas pessoas, a curiosidade pelo convívio social, a iniciativa para brincar e descobrir o mundo ao seu redor. Nesse sentido, as características da síndrome de Asperger interferem claramente nessas possibilidades. É importante sempre buscar por uma opinião profissional quando uma criança apresentar: ‘isolamento que indique aparente falta de interesse em estar com as pessoas’; ‘presença de fala estereotipada, monótona, sem relato ou estabelecimento de diálogos’; ‘ausência de faz de conta (jogo simbólico)’; ‘outros sinais autísticos como movimentos repetitivos e estereotipados’; ‘uso não funcional de objetos ou brinquedos’.
Porém, a presença eventual de um ou algum desses aspectos é normal em um processo de desenvolvimento. Além do mais, dificuldades emocionais, déficit intelectual, lesão neurológica ou outras síndromes podem apresentar em seu quadro algumas semelhanças com as características da síndrome de Asperger, e apenas especialistas podem realizar um diagnóstico diferencial.
É importante que pais, professores e familiares não se apeguem a um único sintoma. O desenvolvimento de uma pessoa, principalmente ao longo da infância, está sempre em aberto e é repleto de possibilidades; nunca devemos encaixar uma pessoa em um diagnóstico. Antes de qualquer diagnóstico psicopatológico, sempre há uma pessoa com sua própria história e sua própria vida.