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A anestesia regional serve para anestesiar a região a ser operada. O anestesiologista administra o medicamento em um nervo periférico ou feixe de nervos. Há uma perda de sensação em algum membro superior ou inferior ou de alguma outra região do corpo, por exemplo, parede abdominal, região inguinal, etc. Atualmente o uso da ultrassonografia evoluiu muito no campo da anestesia regional, possibilitando uma segurança extremamente alta e uma eficácia importante destas técnicas.
O anestesiologista cita alguns exemplos de anestesia regional:
- Anestesia Peridural: o anestésico é administrado no espaço peridural, como o próprio nome já diz, "ao redor da dura-máter", que é uma das membranas que recobrem a medula espinhal. O bloqueio segmentar acontece conforme o anestésico atravessa a dura-máter e produz seu efeito.
- Anestesia Subaracnóidea (Raquianestesia): administrada na região da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóideo. O anestésico é depositado junto ao liquor, ocorrendo perfuração da dura-máter. A agulha é mais fina, e é progredida até se confirmar o refluxo do liquor pela agulha, sendo assim administrado o anestésico. É utilizada em procedimentos ortopédicos, obstétricos, ginecológicos, etc.
Na gestante, quando optado pela indução do trabalho de parto, pode ser realizada a analgesia do mesmo, que normalmente é feita com uma técnica anestésica combinada de peridural com a passagem de cateter e raquianestesia.
Atualmente, o uso de equipamentos cada vez mais sofisticados, a melhor qualidade das medicações utilizadas em anestesia e a experiência profissional do anestesiologista culminaram na diminuição dos riscos anestésicos nos últimos anos, porém existem riscos relacionados ao estado de saúde do paciente, às doenças preexistentes (como problemas respiratórios, cardíacos, metabólicos, alergias, etc.) e à complexidade do procedimento a ser realizado.
Dr. Jarbas Gaudencio é anestesiologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
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