Aumento da sobrevida da leucemia depende de medicamento escasso no Brasil

Quais são as outras formas de tratamento da doença?

O tratamento padrão da leucemia aguda é quimioterapia. Às vezes utiliza-se radioterapia complementar à quimioterapia.

O transplante de medula óssea é realizado em alguns casos, quando há doador compatível e o indivíduo apresenta características de mau prognóstico (que indicam que há maior chance da doença retornar ou não responder bem ao tratamento) ou se houver recidiva da doença.

O transplante permite que você faça quimioterapia ou radioterapia em alta dose para eliminar as células da leucemia. No entanto, esse tratamento intenso também destrói as células normais da medula óssea, sendo necessário que o indivíduo receba as células da medula óssea de um doador para que ele não morra por não produzir as células do sangue. As células do doador também têm um efeito de combater as células da leucemia.

Quais são os principais sintomas da leucemia?

Cansaço, surgimento de manchas roxas sem que tenha havido trauma no local, sangramentos, palidez, infecções repetidas, difíceis de tratar, dor nos ossos, aumento de gânglios, aumento do baço e do fígado. Em crianças pequenas, pode haver recusa em andar, por causa da dor óssea.

Depois que a pessoa é considerada curada da doença, ela passa a ter alguma restrição ou contraindicação?

Podem surgir algumas restrições devido a efeitos tardios da quimioterapia. No entanto, exceto casos muito específicos, não há maiores restrições. A pessoa poderá levar uma vida normal.

Dra. Fernanda Azevedo Silva é médica formada pela Universidade Federal Fluminense. Residência em Hematologia/Hemoterapia e mestrado em Clínica Médica/Hematologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutorado em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer. Membro da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Médica hematologista do Instituto Nacional de Câncer. Filiada ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – CREMERJ – sob o nº 604691.