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Para nos ajudar a prevenir, um exame tem que ter algumas qualidades. Em primeiro lugar, tem de ser um exame seguro. Não faz sentido alguém chegar ao médico sem sintomas e ter de fazer um exame perigoso. Além disso, outras características têm de estar presentes nas doenças que queremos prevenir: os exames de rotina são direcionados ou para detecção de fatores de risco ou determinadas doenças. Falemos primeiro das doenças. Para serem incluídas em um check-up, essas doenças precisam:

• Ter uma fase assintomática de doença que possa ser detectada pelo exame (se a doença dá sintomas sempre que aparece, ela permitirá que o paciente venha ao médico, quando possivelmente fará exames de diagnóstico, não de prevenção; ou então, melhor ainda, essa doença pode ser prevenida antes que aconteça – falaremos mais tarde dos fatores de risco);

• A detecção precoce dessa doença (ou seja, antes de seus sintomas) precisa fazer diferença no curso da doença, ou seja, diagnosticar essa doença antes da fase sintomática ou aumenta as chances de cura ou de sobrevida ou melhora a qualidade de vida de alguma forma que não seria possível se esperássemos a fase dos sintomas (se não faz diferença fazer o diagnóstico precoce de uma doença, não faz sentido ficar fazendo os exames!);

• A doença em questão precisa ser comum na população geral ou o risco de aparecimento em um paciente específico precisa ser alto: também não faz sentido fazermos testes de detecção precoce de doenças que aparecem em uma pessoa a cada 10 milhões!

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