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Quais benefícios a prática de exercícios físicos traz para o diabético?
Diminuição da resistência insulínica, aumento da ação da insulina e dos medicamentos orais, captação de glicose no período pós-exercícios, controle do peso corporal, colaborando na redução dos riscos cardiovasculares, aumento do fluxo sanguíneo e da circulação dos membros inferiores, prevenindo aterosclerose, contribuição na redução do colesterol e triglicérides, redução da pressão arterial, diminuição da perda de massa óssea e aumento de força muscular, contribuindo na diminuição dos riscos de quedas, melhora da sensação de bem-estar e diminuição da ansiedade e depressão.
A ingestão de suplementos alimentares pode ser feita? Que cuidados devem ser tomados nesse sentido?
O ideal é consultar um nutricionista e fazer uma avaliação nutricional. Deve-se levar em conta se possui alguma complicação crônica do diabetes, como a nefropatia. Nesse caso é contraindicada a suplementação de proteínas, que é bastante utilizada para aumento de massa muscular. A ingestão de alimentos é sempre a mais indicada.
E quais outros cuidados e dicas os diabéticos podem adotar?
O exame médico autorizando a prática do exercício, com o eletrocardiograma de esforço sugerido pela Associação Americana de Diabetes (ADA) para acima de 35 anos, e o exame oftalmológico no caso de complicações crônicas são essenciais para iniciar a prática da atividade física. Podemos ainda incluir a Avaliação Física, em que são avaliadas as condições físicas atuais para uma adequada e individualizada prescrição do exercício. A pessoa deve levar consigo um cartão de identificação dizendo que é diabético, onde esteja anotado como proceder em caso de emergência (nome do médico, telefone, como lidar com hipoglicemia etc.).
Para os usuários de insulina, é correto afirmar que as atividades físicas não devem coincidir com o horário de pico?
De acordo com a ADA, é recomendado não se exercitar no horário de pico da ação para evitar uma possível hipoglicemia, porém isso dependerá do valor da glicemia no início do exercício e do tipo de insulina que é administrada. Mas, caso não seja possível a mudança no horário de aplicação ou mudança no horário da atividade, deve-se monitorar a glicemia e, se necessário, ingerir carboidrato durante o exercício.
William Ricardo Komatsu é graduado em Educação Física pela Fefisa, especialista em Fisiologia do Exercício e Personal Training e é pós-graduando a nível de mestrado e doutorado em Ciências Endocrinológicas pela Disciplina Endocrinologia pela Unifesp.
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