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Quando falamos em perda de gordura e ganho de massa muscular, o que acontece: primeiro perdemos a massa gorda para ganhar a massa magra depois ou ambos os processos ocorrem de forma simultânea?
Não é tão fácil responder a uma pergunta como essa, pois existem muitas variáveis que interferem nessa "conta" de "perdas e ganhos." Em geral, o que acontece é que a perda de peso ocorre sempre que o gasto de energia ultrapassa a ingestão calórica (regra básica). Outra constatação científica: os indivíduos que reduzem drasticamente a ingestão diária com a finalidade de perder peso mais rapidamente costumam recuperar esse peso, ao contrário daqueles que perdem peso com um ritmo mais lento.
Respondendo mais diretamente à sua pergunta, tem-se claro que, no início da "perda de gordura", as reservas corporais de glicogênio (energia do corpo) representam uma grande porção do déficit energético. Em outras palavras, o glicogênio armazenado contém menos calorias por grama e muito mais água que a gordura armazenada. Por isso, no início "das perdas e ganhos", tem-se mais perda de água e de carboidratos por unidade de perda de peso, com uma redução apenas pequena na gordura corporal, o que leva muitos a desistirem rapidamente dos regimes. Além disso, o aumento da massa magra requer muito suor e treinamento, e os resultados só aparecem a médio prazo, diferentemente do que observamos na hora do exercício, que é a chamada "hipertrofia transitória".
Por que a interrupção da prática de atividade física faz com que percamos essa massa "magra"? Qual a importância de manter essa rotina de atividade física constante?
Esse é um problema que muitos praticantes de exercícios físicos desconhecem ou fingem não concordar. A prática do exercício físico deve ser um hábito, um estilo de vida. Estima-se que a interrupção dos exercícios, por duas semanas, principalmente os de força, possa provocar uma perda de 12% a 18% de força e, com isso, a perda da massa magra. Alguns dos motivos dessas perdas são a reversão das adaptações neuromusculares e hormonais induzidas pelo treinamento. Portanto, a prática de exercício físico é para sempre. Caso contrário, entra-se no que ficou popularmente conhecido como "efeito sanfona".
