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Como surgiu esse tipo de treinamento?

O treinamento funcional não é uma modalidade recente. Existem registros de atletas e soldados na Grécia antiga que já utilizavam exercícios com sobrecarga envolvendo movimentos corporais globais, simulando suas tarefas específicas para aprimoramento dos resultados pretendidos. Atualmente, em todas as modalidades esportivas encontramos o treinamento funcional sendo aplicado nas rotinas de preparação física tanto na pré-temporada como nas temporadas competitivas. O propósito do método está no desenvolvimento global do corpo, mas ao mesmo tempo atendendo as especificidades da tarefa, como articulações envolvidas, tipo de contração (dinâmica ou estática), padrões de movimento corporal, postura correta de realização, duração da atividade, valência a ser exigida (diferentes tipos de força, resistência muscular, potência, etc.), implemento a ser utilizado, etc.

 

Quais são as principais diferenças desse tipo de treinamento em relação à musculação tradicional?

A diferença fundamental entre o treinamento funcional e a musculação é que, no primeiro, os exercícios são baseados em "cadeias" musculares e articulares, o que simula de uma forma infinitamente mais próxima o que necessitaremos em uma determinada tarefa real. Historicamente a musculação tem sido encarada como rotinas de exercício que visam o desenvolvimento de grupos musculares específicos que atuam em poucas articulações (foco isolado). Cada uma dessas formas de trabalho tem seus méritos: se por um lado à primeira atribui-se uma magnífica possibilidade de transferência para as demandas motoras do esporte, da vida diária, dos processos de reabilitação, da prevenção, etc., por outro a segunda proposta tem como ponto forte a melhor resposta de desenvolvimento de volume (hipertrofia) e força muscular isolada, o que em certos casos pode ser bem-vindo.

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