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As possíveis causas da hiponatremia:
1) Aumento da água corporal, causada por ingestão excessiva de fluidos ou por terapia intravenosa inapropriada;
2) Redução da diurese, motivada pelos exercícios físicos e pela exposição ao calor;
3) Perda de sódio através da alta taxa de sudorese, condição física inadequada (muito calor), aclimatação deficiente;
4) Ingestão inadequada de sódio, através de uma dieta hipossódica, ou uma ingestão inadequada de sódio durante o exercício.
Os sintomas mais comuns são: desconforto gastrointestinal, náuseas e vômitos, cefaleia latejante, inquietação, edema de mãos e pés, letargia, confusão, coma, lesão do tronco cerebral, óbito.
Alguns estudos observam que a administração de sódio junto com a água tem efeito positivo em relação ao aparecimento de sintomas de hiponatremia. É necessário identificar a quantidade exata que deve ser ingerida, visto que grandes quantidades de sódio também podem prejudicar o desempenho do atleta, pois reduzem a produção de urina, desequilibrando assim a estabilização eletrolítica. Em exercícios prolongados, que ultrapassam 1 hora de duração, recomenda-se beber líquidos contendo de 0,5 a 0,7 g/l de sódio, que corresponde a uma concentração similar ou mesmo inferior àquela do suor de um indivíduo adulto.
A manutenção dos baixos valores da concentração plasmática de sódio (<135 mmol/l; normal = 136-142 mmol/l) afeta o balanço osmótico na barreira hematoencefálica, causando a rápida entrada de água no cérebro, o edema cerebral e uma cascata de respostas neurológicas, cada vez mais graves (confusão, crises, coma), que podem culminar com a morte em consequência da lesão do tronco cerebral. Quanto mais rápida for a queda do nível de sódio e quanto mais baixo for esse valor, maior o risco de as consequências ameaçarem a vida.