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Como identificá-lo? Quais os sintomas?

Já foram relatadas dezenas de sinais e sintomas de natureza bioquímica, imunológica e psicológica em atletas sofrendo overtraining. Entretanto, podemos destacar como os mais relevantes o desempenho esportivo reduzido, incapacidade de manter níveis usuais de desempenho, necessidade de recuperação prolongada, alterações na pressão arterial, alterações na frequência cardíaca de repouso, redução da massa corporal, sensação de fadiga crônica, apatia, distúrbios de humor, insônia, perda de apetite, redução dos níveis de testosterona, balanço nitrogenado negativo, aumento dos níveis de ureia, aumento dos níveis de cortisol, redução nos níveis de glicogênio muscular, maior susceptibilidade a lesões e infecções. Contudo, a identificação do overtraining é uma tarefa muito complexa.

Ainda não existe uma variável completamente confiável para o seu diagnóstico precoce. Muitas vezes o atleta em overtraining não apresenta nenhuma alteração fisiológica ou psicológica. Além disso, alguns sintomas do overtraining podem ser observados em atletas que apresentam melhoras no desempenho esportivo. Mesmo diante dessas dificuldades de diagnóstico preciso, é preocupante quando o atleta apresenta distúrbios de humor e sensação de fadiga severa em períodos de treinamento caracterizados por baixas cargas de treinamento. Alguns autores consideram que as variáveis psicológicas podem ser mais sensíveis que as variáveis fisiológicas.

A avaliação das variáveis psicológicas pode ser realizada através de instrumentos como o questionário de estresse e recuperação para atletas (RESTQ-Sport). Esse questionário foi recentemente traduzido e validado na língua portuguesa pelo Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPES/UFMG) e avalia a magnitude do estresse e a eficiência dos processos de recuperação utilizados nos últimos dias pelo avaliado.

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