Índice deste artigo:

Quais as dicas e os cuidados que um iniciante no esporte deve tomar?

Após a avaliação médica, procurar uma academia ou escola devidamente registrada e com profissional habilitado, deve ser o primeiro passo.

Assistir algumas aulas, procurando observar se os procedimentos didáticos adotados pelo professor possibilitam o aprendizado garantindo a integridade dos alunos; Observar se o nível de exigência das atividades da aula é adequado às possibilidades de realização dos alunos;

Verificar se no início da aula existe uma preparação física e psicológica para as atividades de maior intensidade, bem como se ao final da mesma realiza-se exercícios de relaxamento ou de compensação das atividades desenvolvidas anteriormente, são os passos seguintes.

Após a iniciação, o praticante pode treinar as técnicas aprendidas sozinho e em outros espaços diferentes da academia. Seguir os paços aprendidos na academia tais como o aquecimento e alongamento antes das atividades de maior intensidade e o relaxamento ao final do treino devem ser considerados.

Procurar respeitar os próprios limites é outra dica.

Respeitados estes passos, podemos usufruir da prática do karate como lazer e melhoria da aptidão física. Praticar com amigos em praças e bosques são momentos propícios para a integração social e com o meio ambiente. Pode-se treinar o kata (sequência de movimentos de ataque e defesa pré estabelecidos que simulam uma luta contra vários adversários) e o kumite (luta contra um ou mais oponentes) com alguns cuidados: O treinamento do kata é adequado para a prática individual ou em grupo, sem confronto direto entre os praticantes. Os golpes de luta também podem ser treinados individualmente, mas quando a luta é treinada com opositores, o auto controle e o respeito mútuo são fundamentais para evitar acidentes. Deve-se evitar o treinamento de luta sem a presença de um mediador.

Nas primeiras aulas, o aluno aprende algumas técnicas que o capacitam a evitar ataques causados por agressores leigos. Ao perseverar nos treinamentos, o praticantes passa a conhecer os seus próprios limites e o poder adquirido, o que o leva a controlar a sua agressividade e a evitar as situações de confronto. A auto defesa é uma consequência do treinamento regular, da disciplina, do auto controle, de uma formação não apenas física mas, ao mesmo tempo, mental e social.

Os frutos colhidos nas práticas, transformam-se em sementes que germinarão e florescerão, renovando o Homem e a Arte ao longo da vida.

 

Referências

 

ARTIOLI, G. ET AL. Perda de peso em esportes de combate de domínio: revisão e recomendações aplicadas. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. 8(2), jun 2006.

CARVALHO, J.G.R. Sobre trauma e eventos cardíacos na prática de caratê: da realidade à prevenção. Revista Med. Paraná. 62(2): 41-47, jul-dez 2004.

 

FRITZSCHE, J. AND RASCHKA, C. Sports anthropological investigations on somatotypology of elite karateka. Anthropological Anz. 65(3):317-29, sep 2007.

 

IAMAMURA, H. ET AL. Physiological responses of simulated karate sparring matches in young men and boys. Strength Cond. Res. 22(3): 839-44, may 2008.

 

MADDEN, ME. Attribuitions of control and vulnerability at the beginning and of karate course. Perceptual and Motor Skills. 70(3): 787-794, 1990.

 

NAKAYAMA, M. La dinamica del karate: tecnica de parada y contra-ataque. Bilbao: Fher, 1987.

NETO, O P. ET AL. Comparison of force, power and striking efficiency for a Kung Fu stike performed by novice and experienced practitioners: preliminary analysis. Perceptual and Motors Skills. 106(1): 188-96, feb 2008.

 

PADILLA, J.P. Estudio comparativo de la fisiología del ejercicio em grupos de deportistas mexicanas de diferentes especialidades. Revista do Instituto Nacional de Enfermidades Respiratorias. 14(3): 145-150, jul-sep 2001.

 

PADILLA, J.P. ET AL. Pulso maximo de oxigeno em atletas mexicanos de alto redimiento. Revista do Instituto Nacional de Enfermidades Respiratorias. 13(2):73-84, abr-nu, 2000.

 

PALERMO, M.T. ET AL. Externalizing and oppositional behaviors and karate-do: the way of crime prevention. A pilot study. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology. 50(6): 654-60, dec 2006.

 

SILVARES, A M. Karate-do: esporte através do tempo. mimeo. Rio de Janeiro: UFRJ, 1987.

 

STEMBERG, A ET AL. The Downstart Program: a hospital-based pediatric healthy lifestyle program for obese and morbidly obese minority youth. Pediatric Endocrinology Review. 3 Suppl. 4:584-9, dec 2006.

 

VIANNA, J. A O impacto dos valores humanos do instrutor sobre a conduta do atleta: o caso do karate. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: PPGEF / UUGF, 1997.

 

VIANNA, J. A Esportes e camadas populares: inclusão e profissionalização. Rio de Janeiro: PPGEF / UGF, 2007.

 

AMAGUCHI, A M. Efeitos da prática de tai chi chuan no equilíbrio de idosas independentes. Tese de Doutorado. Faculdade de Medicina USP. São Paulo, 2004.

 

 

Site: www.florestadojo.org.br

 

Tel.: (21) 2492.5570.

 

 

José Antonio Vianna é Doutor em Educação Física – UGF; Professor da Universidade Estácio de Sá Diretor Técnico da Federação de Karate Shotokan – RJ; Professor da Associação Floresta Dojo. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Publicidade