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O que essa técnica oferece de diferente em relação a tratamentos medicamentosos e cirurgia?

Em relação ao tratamento medicamentoso, atualmente existe uma limitação muito grande devido à proibição pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da utilização dos derivados de anfetamina e os possíveis efeitos colaterais cardiológicos relacionados ao uso da sibutramina. Já o derivado GLP1 sintético, de utilização recente, é indicado para pacientes que estejam acima do peso e sejam portadores de diabetes tipo 2. O uso dessa medicação para pacientes obesos e sem diabetes é questionável do ponto de vista científico.

As intervenções cirúrgicas estão indicadas para os seguintes pacientes:

• IMC entre 35 e 40, com doenças associadas à obesidade (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, osteoartrose, apneia do sono ou outras);

• IMC > 40 sem a necessidade de doenças associadas.

Nos Centros de Excelência em cirurgia bariátrica os índices de complicações maiores variam de 1% a 5% e a mortalidade entre 0,2% e 1%, portanto, não são procedimentos inócuos.

 

Como é o processo de inserção do balão no corpo? A pessoa passa por algum tipo de anestesia?

A colocação e a retirada deste balão são feitas em ambulatório, através de procedimento endoscópico que é realizado apenas sob leve sedação e monitorização anestésica (sempre com a presença de anestesiologistas), e esse processo dura, em média, 15 minutos.

 

Existem contraindicações e efeitos colaterais para esse tipo de tratamento? Quais são eles?

As principais contraindicações são cirurgias prévias no estômago, dentre elas, as fundoplicaturas para tratar doenças do refluxo gastroesofágico, pacientes portadores de cirrose hepática e varizes de esôfago e fundo gástrico, uso crônico de anticoagulantes e outras doenças que sejam exacerbadas pelo silicone utilizado para confecção do balão.

Os efeitos colaterais são cólicas, náuseas e vômitos, que chegam a atingir até 60% dos pacientes tratados com balão, principalmente, nos primeiros três dias da colocação da prótese. Esses efeitos variam de intensidade e de paciente para paciente, podendo ser minimizados com o uso de medicações adequadas.

Atualmente, menos de 1% dos pacientes que se submetem à colocação do balão necessitam retirar a prótese por intolerância precoce.

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