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É importante que o anfitrião procure se informar se dentre os convidados existe alguém com restrição alimentar específica. É possível fazer algo para que o convidado possa se integrar e ingerir alguma coisa dentre o que será servido. Rotineiramente acontece de pessoas serem tachadas de antissociais, sendo que, na verdade, são alérgicas ou intolerantes alimentares. O convidado também pode ajudar o anfitrião, informando-o do que for necessário ou mesmo se prontificando a levar algo que possa comer, sem maiores transtornos. Para quem não quiser ou tiver como preparar algo, existem lojas especializadas, tanto físicas quanto virtuais, que são de grande valia. Assim, o objetivo da confraternização será atingido: integração e diversão para todos!

É bastante comum as mães de crianças alérgicas procurarem se inteirar do cardápio da festa à qual o filho foi convidado para preparar os mesmos alimentos, de forma adaptada. Nesse caso, a criança leva e consome o seu próprio alimento. Por isso, a recomendação é sempre que a pessoa coma antes de ir e que só consuma na festa o que realmente achar seguro, se for o caso.

Os buffets não estão preparados para lidar com esse tipo de situação e, o mais preocupante, é o fato de não se importarem com isso. É claro que não há como atender a todas as individualidades em uma festa, mas sempre há algo a se fazer. Uma mesa de frutas, por exemplo, supre a necessidade da grande maioria dos casos de restrição. Existem muitas opções gostosas e saudáveis que podem ser preparadas com legumes e verduras também.

É preciso que haja uma sensibilização por parte das pessoas em geral. Sempre é hora de rever os conceitos e respeitar as restrições alimentares. Infelizmente para uns é modismo, enquanto para outros é questão de vida ou morte! Provavelmente, bem próximo de cada um, alguém passe por essa situação. Essa pessoa precisa, sim, de apoio, e não de críticas indesejadas. Muitos celíacos, alérgicos e intolerantes têm dificuldade dentro da própria casa, onde os demais não acham que se trata de uma questão de saúde. A exclusão pode ser iniciada aí. Alguns parentes acreditam que consumir alimento para necessidade alimentar especial é uma privação e um sacrifício. Seria mesmo sacrifício ou egoísmo? Fica essa reflexão!

Para quem planeja viajar, a recomendação é ter sempre consigo algo que possa comer e que esteja dentro das recomendações da fiscalização. Evitar produtos que necessitem de refrigeração e procurar armazenar tudo em bolsa térmica, na mala de mão, caso haja extravio de bagagem. Nos aeroportos, continua valendo a proibição de não se levar líquidos. Estes poderão ser comprados nas salas de embarque. Companhias aéreas atendem às solicitações de refeições especiais, desde que sejam feitas com até 24 horas de antecedência do voo, sem custo adicional. Esse serviço vale somente para voos internacionais.

 

Gláucia Hübner Gonçalves é nutricionista pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Nutricionista Clínica Funcional pela UNICSUL. Especialização em Nutrição Clínica pela Faculdade São Camilo. Atendimento em Consultório - Belo Horizonte - MG. CRN 1302 - 9ª região.

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