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Como antioxidante, o cacau é protetor cardiovascular e agente diminuidor da pressão sanguínea, contribuindo para reduzir a oxidação das proteínas que formam as placas de ateroma que obstruem as artérias e diminuindo a agregação das plaquetas, o que diminui também o risco de formação de coágulos. Mas um alerta: esse fator protetor não acontece se o chocolate for consumido com leite, pois o mesmo prejudica a absorção dos polifenóis.

Utilizado há cerca de três mil anos, o doce mais consumido no mundo é encontrado em bebidas quentes, drinques, tabletes e ovos de Páscoa. Hoje o chocolate virou sensação e é preparado de maneira diferente do que no passado, quando as favas eram torradas e moídas; depois se acrescentava água e temperos como pimenta e canela; tudo era aquecido até se obter uma bebida espessa. É então que surge a palavra 'chocolate', que vem do fato de o preparador bater a massa para dissolvê-la e fazer uma espuma, produzindo um som característico, o 'xoco', que é igual a barulho.

As favas do cacau são compostas de 50 a 57% de gorduras, na sua maioria do tipo saturada, com aproximadamente 35% de ácido esteárico e 25% de ácido palmiticomas. Uma parte das favas é de ácido oleico, monoinsaturado, que é encontrado também no óleo de oliva e tem bons efeitos sobre o sistema cardiovascular. Já o chocolate amargo tem pouco impacto sobre o colesterol. Se consumirmos 40 gramas de chocolate preto por dia contendo 70% de cacau, estaremos ingerindo uma boa quantidade de polifenóis e com isso proporcionando benefícios à prevenção das doenças cardiovasculares.

O importante para quem adora consumir o chocolate é cuidar das calorias e não abusar!

 

Com a colaboração do nutrólogo Dr. José Roberto Kater. 

Isabela Leão - CRN 8162 - é Nutricionista graduada pela CESUMAR. Membro da organização nutricional do Paraná.

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